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A época pombalina. (Política econômica e monarquia Ilustrada)
(FALCON; Francisco J. C)

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Obra imprescindível a todo historiador que procura abordar o governo do Marques de Pombal. Francisco José Calanzas Falcon construiu uma obra que aborda a base teórica da legislação pombalina e os processos, transformações sociais, políticas, mentais e ideológicas que ocorreram no país luso em um momento de transição.
Transição diretamente marcada por características mercantilistas e capitalistas, diretamente marcada e influenciada pelo movimento da Luzes. Sua tese alvitra que esta sociedade em transformação possui características feudais e capitalistas, devido tanto pelas suas raízes históricas, como pela conformação das classes existentes no Antigo Regime e; por seu papel unificador do espaço econômico, juntamente com defesa de uma burguesia insurgente e outros, respectivamente.
Falcon, durante os capítulos iniciais, procura definir o Mercantilismo e sua prática, suas características políticas, econômicas e ideologias, todas interligadas. Aduz que este pode ser datado entre os limites dos séculos XVI e XVIII, e é marcado por dois fatores: a grande crise no final da idade média e as revoluções industriais e liberais.
Ressalta que o mais importante a ser considerado nesse período é “... a existência de diferentes sociedades ou formações sociais, cada uma delas composta de um mosaico de elementos próprios, estruturais e conjunturais, sincronismos e diacronismos, etc.”. (1993, p.24)
No findar da primeira parte de seu livro, o autor perscruta sobre o movimento ilustrado enquanto manifestação geral nos países ibéricos, focando nos aspectos ideológicos, político, sócio-econômico e mental . Aduz que na questão da ilustração, enquanto manifestação na mentalidade da sociedade vive-se as idéias ilustradas, onde a razão reina e o progresso é almejado. Não obstante, considerar que as tais idéias eram hegemônicas seria um grave erro, o próprio autor considera que na prática a ideologia das luzes fora, não raro, limitada no nível político pelas estruturas sociais conservadoras.
Ao contrário da idéia que o movimento ilustrado é totalmente anti-clerical, Falcon rompe com esse aspecto e advoga que tal característica está mais ligada ao político do que religioso, afirmando que o Cristianismo agora é eivado de humanismo, o chamado “cristianismo ilustrado”.
Na segunda parte de A época pombalina (Politica econômica e monarquia ilustrada) o autor foca suas assertivas mais no nível ibérico, em especial o Português. Ao destacar a problemática ibérica – inserção do “moderno” no espaço luso – o Mercantilismo e o movimento ilustrado, Francisco Falcon advoga que esses três fatores juntos, constituem a síntese da governação pombalina.
Focar-se-á agora então no ideário e prática do governo pombalino, logo, serão analisadas as teorias e políticas mercantilistas e ilustradas do pombalismo. Para isso serve-se da produção historiográfica sobre o período construída até pós 1945, e de documentos históricos – cujo são tratados através dos discursos – que, com a labuta do historiador, são capazes de mostrar as práticas e ideologias existentes na época aqui tratada.
Os documentos, para Falcon, tratam da secularização, do avanço do regalismo, do combate político ideológico com o setor eclesiástico; são no total, conforme o autor, uma síntese da governação pombalina, onde se podem ver as formulações ideológicas, práticas e representações sociais setecentistas.
Para Falcon, analisados em conjunto, os discursos permitem ver que além de uma tomada de consciência, onde a crítica racionalista está presente, também se vê os limites de tais pensamentos que revelam que o discurso ilustrado em Portugal foi bastante limitado.
No último capítulo a prática do Pombalismo, enquanto prática ilustrada e mercantilista, é posta em atenção. Conforme o autor, as reformas se constituíam mais numa atualização do que subversão do edifício social; tratava-se mais de manter o status quo do que destruí-lo. Voltou-se atenção para a balança comercial do reino luso, para práticas fiscais, moeda, manufaturas e balança comercial.
As abordagens da sociedade lusa no período de transição, em direção a uma secularização, são realizadas de maneira sucinta pelo autor. Conclui que esta fora uma realidade histórica inegável, uma etapa reformista de máxima importância, momento de ruptura com a tradição eclesiástica que acelerava mais ainda o processo de transição citado durante todo o livro.



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