Cemitério de Pianos
(José Luís Peixoto)
O ciclo da vida, amor, morte e renascer.
Uma história contada na primeira pessoa, mas a pessoa muda e a cada momento estamos na mente de uma personagem diferente, num espaço diferente, num tempo diferente. Pai e filho desvendam a história da família contando a vida a dois momentos. É um romance onde o relato cronológico não existe. E não precisa de existir pois sabemos sempre onde estamos, vamos saltitando de história em história e sabemos a infância antes do nascimento, a morte antes da vida.
A vivência de uma família de artesãos, de uma cidade, com uma taverna e uma oficina de pianos fechada. Um romance impossível entre um aldeão e uma menina de classe alta. A história verídica de um corredor de maratona que morre sem cortar a meta.
E apesar de haver uma inegável celebração da vida e do amor, a morte, sempre presente na obra de José Luís Peixoto, aparece desde o primeiro parágrafo a pairar sobre a narrativa. Mas é a morte como renovação, o renascimento e a continuidade. A continuidade através dos que deixamos em vida, da família, e do que fazemos, a marca que deixamos. A continuidade no renascimento de peças mortas, pianos que se amontoam como corpos e darão vida algo novo.
É o quarto romance do autor e mais uma vez estamos perante um livro onde as emoções humanas são cuidadosamente pintadas com uma beleza profunda, carregadas de angústia e paixão. E quase vemos as casas, a taverna, as caras, os pianos.
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