Alteração do enfoque na Produção para Distribuição: o caso do Jeans
(Rosemblon; B.)
Há mais de cem anos, uma grande Companhia Norte Americana é mundialmente famosa por seu jeans. Em 1873 foi criado o primeiro blue jeans por essa empresa, o qual é vendido até hoje. Tudo começou com uma idéia para atender a demanda de calças resistentes para os mineiros que trabalhavam na exploração das minas de ouro nos Estados Unidos. Hoje, a empresa é uma das maiores fabricantes de roupas do mundo, produzindo mais de 150 milhões de calças jeans por ano. Sua capacidade de produção é tão eficiente que uma calça pode ser produzida do começo ao fim em apenas oito minutos.
A grande demanda pela calça jeans permitiu à empresa dominar o mercado e dar pouca atenção à distribuição. Os varejistas, incluindo grandes lojas de departamentos, têm que entrar em contato, implorar e negociar com a fábrica mesmo quando os embarques de mercadorias estão atrasados e as faltas de estoques são frequentes. Além disso, as informações sobre os vários estilos e tamanhos no sistema, e o rastreamento de onde estão vários despachos de mercadorias a qualquer momento são muitas vezes incompletos.
Nos últimos anos, porém, quando as vendas de jeans começaram a diminuir, afetando a produção, a empresa julgou prudente prestar mais atenção à novas fontes de suprimentos e ao aperfeiçoamento da logística distribuição, coletando mais informações dos varejistas por meio da troca eletrônica de dados, incorporando procedimentos para melhorar a gestão de estoques, procurar reduzir as faltas e desenvolver sistemas tecnologicamente mais avançados para processar pedidos.
Um serviço logístico de alto nível está se tornando, cada vez mais, uma competência crítica para a conquista ou para a manutenção da vantagem competitiva. Além de uma boa qualidade de distribuição, outros atributos foram sendo incorporados e exigidos dos fornecedores, tais como disponibilidade, resposta rápida, rastreabilidade, dentre outros. A informação em tempo real tornou-se muito valiosa, de modo que ao rastrear as etapas de um fluxo logístico, a empresa poderá tomar medidas corretivas de imediato, tão logo constate algum desvio no processo de distribuição.
Portanto expertise e economias de escala na produção não se traduzem automaticamente em expertise e economias de escala na logística, que exigem capacitação, conhecimento e esforço específicos para atingir esse objetivo.
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