BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


A ESCOLA DA SUSPEITA: Marx, Nietzsche e Freud
(Paul Ricoeur)

Publicidade
A ESCOLA DA SUSPEITA: Marx, Nietzsche e Freud

  A escola da suspeita: ele é dominada por três mestres   que à primeira vista se excluem mutuamente: Marx, Nietzsche e Freud. É mais fácil   mostrar sua comum oposição a uma fenomenologia do sagrado,   entendida como   propedêutica à “revelação”   do sentido, do   que sua articulação dentro   de um único método   de desmistificação.
É relativamente fácil   constatar não só   que quê   estes três empreendimentos tem em   comum   a contestação do primado   do objeto em nossa   representação do sagrado,   mas também   o preenchimento   do alvo intencional do sagrado por meio   de um   espécie de analogia   entis que nos inseriria    no   ser em   virtude de uma intenção   assimiladora.   Também é fácil reconhecer que se trata de um exercício   da   suspeita   que para cada caso particular é diferente.   Sob a formula negativa,   “verdade como   mentira”, poder-se-ia colocar esses três exercícios da suspeita.   Mas no   sentido positiva destes empreendimentos estamos ainda longe   de tê-lo   assimilado.
Ainda se relega   a Marx   ao economicismo   e à teoria absurda consciência reflexo;   remete-se a Nietzsche   a um   bilogismo   e a um prespectivismo incapaz de enunciar a si próprio   sem se contradizer;   e Freud é segregado à psiquiatria   e se lhe impinge um pan-sexualismo   simplista.
Se considerarmos   à sua intenção comum, encontramos nela u m a decisão de considerar em primeiro lugar   a consciência   em   seu conjunto como   consciência “falsa”.   Com   isso   eles retomam, Daca um   em registro diverso,   problema da duvida cartesiana,   mas   o levam ao   próprio   coração da fortaleza cartesiana.   O   filósofo   educado na escola de Descartes sabe que as coisa são   dúbias,   que não são   com aparecem. Todavia, estes três mestres   da suspeita não são igualmente mestres do   ceticismo;   indubitavelmente são   três grandes “destruidores”;   e,   no entanto, também esse fato não nos deve enganar;   a destruição,   afirma Heidegger em Ser e Tempo,   é um momento de toda a fundamentação   nova,   compreendendo a destruição   da religião, a medida que ela e para Nietzsche, um “platonismo   para o povo.”
A partir deles,   a compreensão é uma hermenêutica;   procura o   sentido não   consiste   mais doravante   em   realizar a consciência do sentido,   mas na decifração das expressões. O   confronto   seria, portanto, não só entre uma tríplice suspeita,   mas entre uma tríplice astúcia. Se a consciência não é aquilo que crê ser, entre o patente e o latente deve ser destruída nova relação, que corresponderia àquilo   que a consciência   instituiria entre a aparência e a realidade da coisa.   A categoria fundamental   da consciência,   para todos os três é a relação   oculto/mostrado ou,   caso



Resumos Relacionados


- Parapraxias (atos Falhos) - Conferência Ii

- Quando Nietzsche Chorou

- Educação: Um Conceito

- A Genealogia Da Moral

- Além Do Bem E Do Mal



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia