As DUAS RÃS - fábulas
(ESOPO)
Era uma vez uma rã que morava em uma grande lagoa. Ouviu o canto de uma outra rã, que se repetia solitária, longe do seu grande reino e isso acontecia todas as noite. Um dia saíu em busca e encontrou sua colega em uma poça dágua na estrada. Penalizada propõe: "Mude para perto da minha casa! Seremos amigas e a vida com mais amigos é bem melhor!" Responde a outra: "Estou tão habituada a este lugar! Nem estou acostumada a ter amigos. Não vou aceitar". Naquela noite, um boi que passou puxando um pesado carro pela estrada, não conseguiu desviar do buraco e a roda do carro esmagou a coitada da rãzinha que estava na poça dágua. Moral - Para quem adquire maus hábitos, é mais fácil morrer com eles do que mudar, mesmo que esteja vendo que a proposta é muito superior. ANÁLISE - De fato esse foi o engano dos nossos militares ao fazer a Abertura. Será que estavam pensando que as rãs-terroristas acordariam e se tornariam rãs-democráticas só com o convite para mudar da poça dágua marginal da estrada para a Grande Lagoa da Democracia com muitas outras espécies para conviver? Ou estavam apenas esperando que as rãs acostumadas ao charco podre sejam atropeladas pelas rodas de carro da vida? Como está demorando para cair a ficha, digo, cair a roda do carro sobre as rãzinhas, porque essa zoeira desafinada já não dá para suportar!
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