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Manual de Comportamento Organizacional e Gestão: Capítulo 3
(Cunha; M. P.; Rego; A.; Cunha; R. C.; Cabral-Cardoso; C.)

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CAPÍTULO 3: Concepções da Natureza Humana e suas Implicações

Explica a natureza humana e as suas implicações sobre as organizações. Os autores consideram como Natureza Humana as características da humanidade que distinguem os seres humanos em relação aos animais, aos objetos inanimados e as abstrações, como a sociedade e as organizações.

Baseados em diferentes autores apresentam cinco diferentes concepções da natureza humana:


Homem Econômico: entende o ser humano como passivo e motivável, fundamentalmente por fatores econômicos, cabendo a organização organizar estas necessidades de forma proveitosa para ambas as partes. Lógica de Taylor. Teoria X de McGregor: o homem é naturalmente indolente, sem ambição e insensível às necessidades da organização, resistente a mudança e sem criatividade.


Homem Social: voltado para o alcance dos interesses relacionais, buscando a sua realização no social. Ligados aos estudos de Hawthorne. Destaca a existência da organização informal, paralelamente a formal


Homem Realizado: defende que se deve ultrapassar o simplismo presente nas abordagens anteriores (econômico e social), acreditando que as pessoas são auto-motivadas e podem auto-controlar os seus comportamentos. Teoria Y de McGregor: orientada para a integração dos objetivos individuais e organizacionais. Teoria Bifatorial de Herzberg: o trabalho deve ser fonte de motivação e ter significado para os colaboradores.


Homem Complexo: as necessidades e as motivações dos indivíduos dependem de múltiplos fatores, não havendo uma estratégia de gestão única capaz de funcionar corretamente com todas as pessoas e em todas as épocas.


Homem Psicológico: considera o ser humano de uma forma integrada, porque as pessoas agem de determinada maneira num contexto, decorrendo o seu comportamento da interação entre as suas disposições individuais e as características da situação, muitas vezes em busca de um Eu ideal. Cabe a organização facilitar esse processo.


A partir deste pressupostos da Natureza Humana levantam-se diferentes práticas Organizacionais:


Organização como Mercado: o modelo REMM (Resourceful, Evaluative, Maximizing Model), onde as pessoas são engenhosas, avaliadoras e desejosas de maximizarem ganhos. Traços:
- Darwinianos: a competição remove os menos competentes.
- Competição é a regra para progredir.
- Efeitos perversos podem decorrer da alta competição, uma vez que os interesses individuais se sobrepõem aos interesses do grupo ou da organização.
- Pressão para obter valor para os acionistas gera uma visão de curto prazo.


Organização como Comunidade: desenvolvem coletivamente um sentido psicológico de comunidade de trabalho, prezam valores como melhoria da sociedade, confiança, cooperação, espírito de serviço, honestidade, obtendo ganhos com isso.
Traços:
- Desenvolve seus membros no sentido profissional e pessoal.
- Equipes como apoio fomentando a segurança psicológica.
- Descarte de líderes tóxicos, que buscam o sucesso a todo custo.
- Promovem o bem-estar psicológico que gera efeitos positivos sobre o desempenho.


Realidade Pensada – Realidade Gerada: em ambientes onde a regra é a competição desenvolvem-se comportamentos competitivos. Em ambientes onde a regra é a cooperação desenvolvem-se comportamentos cooperativos.
- Quando os gestores entendem as pessoas como egoístas e astuciosas tomam medidas concordantes com esse aspecto.
- Quando os gestores de topo entendem que as pessoas são cooperativas e preocupadas com o bem comum tendem a criar culturas com estas características.
* Exemplo do Linux que desenvolve uma cultura cooperativa, meritocrática e darwiniana.


Natureza Humana e Psicologia Evolutiva: as formas como as pessoas atuam é constrangida pela sua componente biológica.
Contribuições da Psicologia Evolutiva destaca sete pecados de gestão anti-natural:
- Stresse e emoções reprimidas: sugestão – honrar as emoções.
- Expropriação do poder: sugestão – flexibilizar a hierarquia e facilitar a inclusão das pessoas da base
- Políticas de baixa confiança: sugestão – manter a política visível.
- Discriminação: sugestão – abater os muros entre os grupos.
- Equipas ineficazes: sugestão – construir grupos pequenos, diversos e flexíveis.
- Más decisões: sugestão – usar o erro como fonte de aprendizagem, não como punição
- Gestão pelo medo: sugestão – desvalorizar a dominação, encorajar a exposição dos abusos de poder.


Aplicações – Uma Reflexão: dependendo da perspectiva as pessoas podem ser vistas como:
- Seres voltados para a busca de resultados econômicos.
- Indivíduos a procura de recompensas emocionais.
- Seres complexos e de motivações diversas.
- Pessoas determinadas no sentido da auto-realização.
- Seres psicológicos que procuram a realização tanto na organização como na vida social.


Este capítulo discutiu, assim, o entendimento sobre a natureza humana e as suas implicações no mundo organizacional. Portanto, segundo os autores, cabe aos gestores compreender a complexidade das variáveis envolvidas pela natureza humana e que para a maioria das pessoas o trabalho tende a ser uma fonte de significado. Procuram, por meio do trabalho, satisfazer as necessidades fisiológicas, cognitivas, emocionais e espirituais. Deste modo, os gestores que melhor entenderem este tema e agirem em conformidade podem maximizar a satisfação dos colaboradores e da organização.



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