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Wall-E: Uma Obra-prima da animação
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Assistir WALL-E é como levar um tapa na cara de uma menina bonita.

Por alguns instantes, você se esquece que está apanhando e se concentra apenas na beleza.

É assim que esta obra-prima da animação nos faz sentir. Felizes por levar um verdadeiro tapa na cara. Se passaste os últimos anos em marte, é capaz de não conhecer o filme do qual estou falando. Pois bem.

O filme nos traz duas grandes mensagens. Em primeiro lugar, WALL-E é a clássica história de amor. Nosso herói foi deixado na terra com a missão de organizar as pilhas de lixo acumuladas por gerações a fio, que por algum motivo (que não diremos aqui) não tiveram um destino adequado. Os primeiros minutos com o pequeno robô são de lirismo puro, não há diálogos, mas apenas uma introdução sobre a rotina e as aspirações de nosso querido ser robótico. Sim, ele sonha em ter alguém pra dar as mãozinhas, assi como vê diariaente em ua fita empoeirada que assiste, assim que chega em casa. Aí entra o primeiro elemento identificador com as massas: a solidão após o trabalho/escola/etc. E tudo corre exatamente na grandessíssima mesmice de sempre, até que ele se depara com uma visitante do espaço, uma robôzoinha simpática chamada EVE. Desnecessário dizer que ele se apaixona por tão bela e reluzente criatura. E aqui, mais um elemento identificador: o amor não correspondido. Todos nós já passamos por situações onde nosso objeto de desejo sequer conhece nossa existência. E é o que ocorre com WALL-E. Mas, como amar é dar-se sem pedir nada em troca, ele faz todo o possível para que Eve reconheça seu valor, algo que acaba acontecendo adiante na trama.

É ipossível não se apaixonar por este 'casal', uma vez que, como toda relação humana, um sempre acaba gostando 'mais' que o outro. Surpreendente, pois, a reviravolta final.

A segunda grande mensagem que o filme passa é que levamos uma vida tão automatizada, tão cheia de 'facilitadores', como pcs, iPods, iPads, iPhones, controles remotos, deliveries, serviços de leva-e-traz, elevadores, escadas rolantes, esteiras rolantes, personal trainer, personal assistant, personal shopper, dog walkers, enfim, a lista é interminável e é possível reconhecer facilente onde todo este caminho pavimentado pelo excesso de facilidades irá nos levar: uma raça sem ambições, sem atividade física, sem propósito de vida, a não ser o próximo clique, o próximo delivery, o próximo produto a ser comprado.

É nessa dualidade entre a força do amor (e suas consequências) e a inércia atual da raça humana em relação a seu planeta, que o filme se desenrola. Certamente as crianças adoram-no por sua adorável conduta e aparência, mas não se deixe enganar: os desenhos da Disney-Pixar são, quase sempre, mais pra 'adulto ver' do que pra entreter crianças. Prova disso é o fracasso recente do excelente "UP - Altas Aventuras" - a ser comentado oportunamente.

Caso já tenha visto, recomendo que adquira uma cópia deste belíssimo exemplar da sétima arte. Caso ainda não tenha assistido, faça-se o favor e corra à loja/locadora mais próxima e embarque nessa aventura futurista. Com certeza, você terá argumentos suficientes para refletir sobre suas atitudes. Quem sabe até tornar-se uma pessoa melhor.



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