Línguas - Vidas em Português
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Em vários momentos do filme, podemos perceber que a língua é, de fato, um conjunto de variedades, nunca homogênea, sempre um processo dinâmico. É possível compreender o que está falando em português, um moçambicano, um angolano ou qualquer outro falante nativo da língua portuguesa. Todavia, em razão das variações e particularidades regionais, que acarretam diferenças na percepção de determinadas palavras e expressões idiomáticas, sofrendo uma perda durante esse processo
Fazendo uma conexão com as primeiras palavras de Marcos Bagno no livro “Preconceito lingüístico, o que é, e como se faz”, onde ele escreve que só existe língua se houver seres humanos que a falem, percebemos então a arbitrariedade da gramática normativa “européia” em impor as regras da “língua” a todos os falantes nativos. Pois, somente uma pequena parcela dos falantes (os cultos) utilizam corretamente na fala o que prescreve a gramática, na maioria das vezes em situações formais ou em discursos. Já os mais de 200 milhões de falantes levam todos os dias suas vidas em português, se comunicando, sobrevivendo e evoluindo de acordo com suas necessidades e realidade de suas comunidades
A variedade e as surpresas de um idioma tão rico e sempre em mutação espalhado pelo mundo formam um mosaico multicultural fascinante e intrigante. A beleza da língua é a beleza do humano que se reinventa a cada dia, e que, como nosso belo idioma, cria e recria novas formas de falar e viver.
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