Entendendo o Ebola
(Escola Paulista de Medicina; ?Mega Arquivo)
Entendendo o Ebola
O vírus não deve causar doença em seu hospedeiro natural, mas quem é esse hospedeiro? Os cientistas até agora só capturaram suspeitos: ratos, macacos e morcegos.
Misteriosamente o Ebola passou para o homem e foi direto para o lugar do organismo que pretende atacar: os vasos sanguíneos.
Num primeiro momento, a cápsula de proteína que reveste o agressor se funde com a membrana da célula, como se a derretesse.
Cavando uma entrada, a cápsula do invasor estoura, lançando para dentro da célula a fita de RNA repleta de informações genéticas. Ali está a receita para se fazerem novos vírus.
Na célula os ribossomos produzem proteínas que dificultam a vida do Ebola.
O invasor tem um mecanismo que o faz ficar parecido com a célula. Então, disfarçado, o vilão se aproxima dos ribossomos e ordena que eles parem de produzir proteínas celulares e começem a fabricar matéria-prima para novos Ebola.
Novos vírus são montados initerruptamente no citoplasma. O processo é muito rápido (segundos). Lotada deles, a célula não supórta e estoura. Os Ebola libertados infectam e destroem outras células, roendo as paredes dos vasos. O sangue jorra pelas áreas arrasadas.
A população mundial está se alastrando por áreas nunca antes habitadas e o homem está ficando em contato com microorganismos estranhos que já existiam e estavam em algum lugar há milhares ou milhões de anos. O que fazem aparecer ou reaparecer de surpresa depois de ter sido aparentemente erradicado é um dos maiores quebra-cabeças da biologia moderna. A maioria de tais germes só demora de 2 a 15 dias para botar as manguinhas de fora, adoecendo a vítima; exceção para o HIV. O vírus do Ebola faz suas vítimas sangrarem até morrer. Só 10% delas escapam porque o organismo reage ao invasor. Os sobreviventes tem sintomas similares aos de uma forte gripe associada a diarréias, mas sem os vasos sanguíneos derretidos. Os supervírus tem como característica o fato de matar muito rápido, não dando tempo para o infectado transmitir o mal. O isolamento é o suficiente para controlar a situação, sendo os médicos e enfermeiros, o maior grupo de risco. Cabem 10 mil Ebolas numa única gota de sangue.
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