Férias 
(Marian Keyes)
  
Em Férias Marian Keyes cuida de contar a história de Rachel. 3ª filha em uma casa de 5 mulheres, que tem baixa auto-estima vive a vida de forma desregrada e para soltar-se ou sentir-se habilitada a viver em sociedade ela se droga.
 Ocorre que um dia ela acorda em um hospital após lavagem estomacal, achando que foi apenas um exagero de seus amigos. A coisa parece mais exagerada ao encontrar-se com sua irmã mais velha Margareth, que lhe dá a notícia que foi despedida, sua melhor amiga Brigit vai encontrar nova pessoa para dividir o apartamento, e que ela tem ordem para leva-la de volta a Dublin para ser internada pelos pais em centro de reabilitação. Pronta para discutir as decisões absurdas, chega seu namorado Luke que nervoso com a overdose de Rachel lhe diz que ela tem sérios problemas que não leva nada a sério e que não está disposto a permanecer namorando uma toxicômana que não admite ter problemas.
 Assim, Rachel resolve se internar no Claustro, famoso centro de reabilitação inglês, inclusive de famosos, para umas merecidas “férias”. 
 A cada dia que passa, Rachel vai tomando conhecimento que o Claustro não é um spa de famosos, mas sim um centro de reabilitação de alcoólatras, toxicômonos, pessoas com desordens alimentares dentre outros.
 Aos poucos o que parecia ser exagero de tudo e todos, passa a se tornar conscientemente um problema real. De início Rachel odeia os chamados “culpados” por sua internação. Até que aos poucos sua raiva se transforma e ela compreende que foi uma reagente de situações externas por ser emocionalmente sensível e inábil para enfrentar críticas, tons grosseiros, e adversidades. Enfim, ela se enxergava como inadequada, burra e culpada por tudo o que acontecia de ruim. Ao fim descobriu que seus pais tinham defeitos, e que ela não precisava se depreciar para ter o próprio valor.
 Assim, ela aprende a cada dia a lidar com seu vício, e a ajudar outros. Chegado o dia de sair do Claustro, Rachel acha uma boa ideia ver um amigo que conheceu no Claustro e a quem transferiu seus sentimentos, por momentaneamente odiar Luke. Mas descobre que Chris é na verdade um toxicômano que fingia ter superado as crises, mas não queria de verdade supera-las.  
 Certa de que um relacionamento amoroso não era o melhor caminho, e com a ajuda de amigos e família Rachel passa a dar um passo de cada vez, dando-se a permissão a viver do seguro desemprego e participar das reuniões para mudar de rumo.
 Aos poucos ela descobre que superar o vício é possível, bem como reconstruir sua vida.
 Após 1 ano ela decide estudar psicologia, mas antes de começar o curso, descobre que pode durante os 6 meses faltantes trabalhar em Londres e rever lugares e pessoas com quem tinha contato durante seu vício.
 Apesar de sua amizade com Brigit estar reatada, ela percebeu que precisava viver por conta, com a finalidade de não mais abusar de Brigit e até mesmo experimentar a independância e o amor-próprio.
 Como ainda restava Luke para restabelecer o caminho, ou ainda sanar as feridas. Ela deixa uma carta dizendo a ele onde poderia encontra-la para se verem.
 Estabelecido o contato Luke decide vê-la. Conversando ele vê que ela amadureceu, e que a reabilitação lhe fez bem. Ela declara que doeu muito saber que ele nunca a amara de verdade. Luke então declara que amara, mas que a sucessão de fatos o marcaram demais. Os dois se despendem e cada um parece seguir o próprio caminho.
 No meio da madrugada, Luke aparece no abrigo onde ela está se hospedando aos berros dizendo que a ama e se ficar com ela está fora de cogitação. 
 Mais uma excelente comédia romântica da autora que retrata pontos psicológicos e conflitos corriqueiros, mas que se não resolvidos podem gerar abismos indesejáveis dando causa inclusive a marcas eternas.
 Vale a pena conferir. 
 
  
 
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