Resumo de Rob Holman " A areia revela-nos a biografia da praia"

Oceanógrafo, nascido em Toronto, no Canadá é “vigilante de praias”e dedica-se a analisar, catalogar e estudar as linhas costeiras e correntes marinhas, por todo o mundo.
Doutorado pela Universidade de Dalhouse, Halifax, tem cerca de mil frascos de areia dos mais diversos locais: USA, México, Austrália, Java, Sumatra, Portugal, entre outros e é membro da Sociedade Internacional de Coleccionadores de areia.
A areia é constituída por pequenos fragmentos de detritos de rochas e minerais, resultantes da erosão mecânica ou por precipitação química e ainda por partículas de origem biológica, tais como conchas e animais marinhos.
A areia apresenta grãos diferentes, conforme a sua proveniência, sendo que a areia dos rios e a areia batida pelas ondas do mar, tem grãos mais pequenos e arredondados.
A areia é fundamental na estrutura das praias, tal como o são as correntes, a água e as tempestades.
Paralelamente à costa, formam-se barras ou bancos de areia, como se fossem um esqueleto invisível e inconstante que permite que as ondas rebentem ao largo e percam parte da sua energia.
É fácil verificar quando entramos no mar em linha recta. A uma zona mais funda, sucede-se uma mais superficial, onde se acumulam as areias.
Continua um mistério saber porque existem esses bancos de areia e porque a sua forma muda com o passar do tempo.
Contudo, em situações extremas, como foi o caso da tempestade Katrina, os bancos de areia não oferecem resistência.
Desde 1984 que, Rob Holman se encontra ligado ao projecto ARGOS. Inicialmente fazia gravações de 15 minutos, dos locais e enviava as imagens para laboratório. Um processo moroso e cansativo mas, que lhe permitia perceber o comportamento das ondas com mais de 5 metros.
Numa segunda fase e porque tinha as câmaras ligadas directamente ao computador, o seu trabalho foi-se tornando mais fácil. Na actualidade, o Projecto ARGOS, integra várias câmaras computorizadas de alta resolução, em ligação directa à estação UNIX o que lhe permite captar imagens, fazer medições e análise científica, em tempo real.
Com o passar dos anos, tem constatado que se deu um aumento acentuado da erosão e uma consequente batalha entre a natureza e a pressão humana, resultado das zonas costeiras demasiado urbanizadas, da notória subida do nível do mar e das tempestades cada vez mais fortes.
Os oceanos, estão a tornar-se mais violentos, com vagas de doze a catorze metros, porque o aquecimento da temperatura da água é maior, sendo maior a fúria dos oceanos e maior o risco de inundações e tempestades mais violentas.
Deixa a pergunta no ar: Os mares, estarão a vingar-se das pessoas?
A poluição humana, tornou os mares em esgotos, causando a destruição de espécies e a perca de biodiversidade.
O que se sabe é que a água é dos maiores mistérios e que os oceanos são reguladores de temperatura.
A corrente do Golfo do México, transporta calor, tornando moderado o clima da Europa Ocidental. Uma alteração nesta corrente e a Europa ficará sujeita a temperaturas extremas e Invernos cruéis. Sem a troca de temperatura entre as correntes, as águas de superfície seriam muito quentes.
Daí, ser muito importante perceber e estudar como as temperaturas se misturam na vertical e a que profundidade o calor se mistura, nos oceanos.
As temperaturas elevadas, à superfície dos oceanos, provocam um excesso de dióxido de carbono, com a consequente acidez dos oceanos e a imediata morte de corais.
É fundamental perceber e saber que destino dar ao dióxido de carbono que se produz, quanta pressão da actividade pesqueira, os mares suportam, para serem saudáveis e acima de tudo salvar o futuro dos mares e da Humanidade.

Resumos Relacionados