Inês de Castro
(María Pilar Queral del Hierro)
Naquela manhã brumosa em que inês com dez anos contempla os contornos do castelo de Penafiel, al lado da ama que a acompanhará até ao último dos seus dias, contempla também o saber, o cenário onde terá inicio o primeiro acto de uma tragédia que ficará para a história como uma das mais belas histórias de amor de sempre, inalterada no seu imenso fascinio. A ama, inocente do seu peso trágico, pronuncia as palavras que o destino se encarregará de fazer cmprir - num principio amar-se-á pelo teu colo de garça e pelos teus cabelos loiros as tuas fontes virão a ser cingidas por uma coroa real.Em Penafiel, Inês e Constança tornar-se-ão irmãs de alma, unidas por uma mesma fortuna e se um dia mais tardeo principe portugues virá a respeiar Constança, já sua mulher, pela sensatez e serenidade do seu carácter, amará perdidamente Iês pelo fogo arrebatador do seu temperamento. Inês era a força da cascata, o rumor do mar enraivecido, o roçar do vento quando o cavalo se lança a galope.Inês nasceu em terras galegas, lá onde a névoa confunde os contornos das coisas, o verde transforma os prados em esmeraldas e o rumor continuo da chuva converte a inquietude em suave melancolia. Do mar ali próximo, aproveitou o azul dos olhos, dos morros arredondados que rodeavam as suas terras, a harmonia da figura e dos cuidados que auspiciaram o seu nascimento, um certo magnetismo a que não escapava ninguém que a contemplasse.Criada como foi em Castela, dos trigais doirados, recebeu a cor da abundancia de maneira que a tornavam ainda mais sedutora ...
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