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Ser falso ou verdadeiro:como ficar próximo de si mesmo e dos outros
(Luzia Aparecida Falcão Costa)

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Após alguma atitude tempestiva, totalmente dominada pela emoção, costumamos nos perguntar por que será que muitas vezes nos defendemos antes mesmo de sermos atacados? É certo que, nessas ocasiões, costumamos estar sobrecarregados de sentimentos reativos, sem que sequer possamos nos dar conta dos mesmos. Somos educados para aprender a evitar sentimentos que nos despertem medo e dúvida. No entanto, a questão é a seguinte: evitá-los não faz com que eles nos abandonem; ao contrário, faz com que nos afastemos ainda mais de nossa própria essência interior e do autoconhecimento. Precisamos reconhecer que a aproximação de nós mesmos significa reconhecer nossos defeitos, virtudes, enfim, ter um olhar abrangente sobre essa totalidade individual porque, quando nos aproximamos de nossas feridas emocionais, de nossas habilidades e recursos para enfrentá-las, mais entramos num processo de fortalecimento interno que propicia a superação além da erradicação da violência interior, tornando mais forte a capacidade de lutar contra nós mesmos. A “escuta interior” é muito importante para que aprendamos a lidar com sentimentos antagônicos. Tudo indica que o que mais nos impede de sermos “bons amigos de nós mesmos” é que fomos educados para negar nossos sentimentos sem fazer a devida interpretação dos mesmos e nem mesmos senti-los. Qual pai ou mãe não enfatizou a seus filhos que deveriam ser racionais, ter bom senso, especialmente quando se defrontassem com questões afetivas? Quantos não incentivaram e se utilizaram da lógica para justificar quais decisões seriam mais corretas para suas vidas, presente ou futura? É óbvio que não se deve desprezar a interpretação racional que envolve determinado acontecimento, mas, por si só, ela não é suficiente porque não costuma dar espaço à contradição de sentimentos antagônicos, passando a ser apenas “mecanismos de defesa”, não nos oferecendo a oportunidade de repensarmos e de nos colocarmos no lugar “do outro”. Por outro lado é bom ressaltar que o ser humano não vem se demonstrando tão racional quanto parece ou se imaginava que fosse. Muitas são as notícias e fatos do cotidiano que nos demonstram que quando se é submetido a uma emoção extremamente forte, costumamos perder a capacidade de raciocinar. Tais considerações nos levam a concluir que o que mais tem faltado nesses momentos é a aprendizagem de algo muito especial: “o sentir”. É ele que faz com que não sejamos demasiadamente racionais, nem extremamente emotivos, promovendo a harmonia interior, o verdadeiro e real sentimento do “encontro consigo mesmo”. Favorece também a análise íntima de quanto nosso mundo interior pode estar contextualizado (ou não) com o mundo exterior, já que, em algum momento, seremos obrigados a lidar com ambas as realidades e necessitaremos ter os “sentidos” alertas para que não nos afastemos de nós mesmos e, sim, que façamos deste momento uma oportunidade para aprimorar o autoconhecimento e ampliação da capacidade de lidar de forma positiva frente às reações alheias. É preciso estar alerta à esta preciosa sensação de proximidade em todos os relacionamentos, considerando-se que, quanto mais reativos formos com relação a nós mesmos, menores serão as oportunidades e capacidades que teremos de nos aproximar de nossos sentimentos que devem ser embasados essencialmente em nossa abertura e aceitação do "diferente". Essa é a maior demonstração de maturidade e equilíbrio que vai se constituindo na proporção em que a tensão interna é dissolvida e, dessa forma, o indivíduo passa a dar a importância devida para a existência do “outro”, movido pela empatia e, portanto, disponível para ajudá-lo e se permitir ser ajudado. Ao agir assim, não experimentará sentimentos de solidão, mas, definitivamente, vinculado à capacidade de se envolver efetivamente com as pessoas, diminuindo os conflitos em seus relacionamentos afetivos, sejam eles de ordem familiar ou social.



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