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Emoção e subjetividade na paixão-pesquisa em comunicação. Desafios e p
(Maria Luiza Cardinale Baptista)

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A autora começa seu trabalho explicando que a produção da pesquisa não é objetiva, mas cheia de marcas do sujeito que a produz. Para ilustrar a idéia, ela utiliza um texto de Buber que fala sobre as várias formas que podemos apreender uma árvore. Do mesmo modo, segundo a autora, o pesquisador pode apreender qualquer objeto de estudo de maneiras diferentes.
Maria Luiza explica como começou sua paixão pela metodologia de pesquisa em comunicação. De acordo com ela, no início criou-se um paradoxo entre a jornalista aparentemente desregrada, cujo cotidiano era caótico, apaixonada por jornalismo, que teria de conviver com a pesquisadora: detalhista, apaixonada também pela metodologia de pesquisa. Mas as duas personalidades conseguiram se mesclar por causa da emoção que a autora sempre sentiu na investigação, na busca pela informação.
A autora defende o texto científico como um texto simples e critica os textos contemporâneos, que segundo ela são para iniciados e não para iniciantes. Textos complexos, duros, que pretendem ensinar a partir da dificuldade.
O termo “Loucos de paixão-pesquisa” é usado pela autora para defender a idéia de que uma pesquisa deve ser feita por sujeitos implicados emocionalmente. Mas não uma emoção que anule a razão, mas uma emoção que está na essência do ser humano e das suas ações, segundo Maturana que é citado pela pesquisadora. A professora defende os conceitos de Maturana de que a emoção está entrelaçada com a razão, de que a produção da pesquisa está vinculada com o emocionar-se. Ela critica o fato de muitos pesquisadores esconderem suas emoções nas pesquisas, como se isso fosse um crime. Para ela a paixão é fundamental numa pesquisa porque a paixão mobiliza.
Cada pessoa é marcada por características da família, da cultura, dos gostos pessoais, etc. O sujeito da sociedade capitalista é um sujeito constituído nessa sociedade, que possui um jeito maquínico de ser. Ele busca uma existência singular, busca ser diferente dos demais, busca deixar uma marca pessoal.
O pesquisador, como sujeito, possui uma subjetividade marcada por componentes da família e também da mídia, conforme explica Guatari, citado pela professora. Ele traz marcas do ambiente em que vive, das tecnologias com as quais convive, sua cultura, condição financeira, etc. Por isso a pesquisa não pode ser considerada de forma objetiva, mas cheia de marcas subjetivas de quem a produz.
A perspectiva racionalista propõe uma separação entre a emoção e a razão na pesquisa. Porém, o objeto de estudo do pesquisador está repleto de características do sujeito que o estuda. Maria Luiza afirma que o objeto é o próprio sujeito, seu olhar do real e sua representação do real. São as características e emoções do pesquisador embutidas no objeto.
Por fim, a autora propõe a criação de um Núcleo Latino-Americano Loucos de Paixão-Pesquisa em Comunicação, para reconstruir e rediscutir a Metodologia, observando as mudanças que ocorrem em nossos tempos tanto no campo epistemológico quanto teórico, metódico e técnico.



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