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Diário de Notícias
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Habitantes salvaram-se graças ao alerta de uma  criança de 12 anos. Um único computador assegura as comunicações.
O sismo acordou-os, mas se não fosse uma menina de 12 anos a accionar o aviso de alerta, os habitantes de Robinson Crusoé, no arquipélago chileno de Juan Fernández, teriam voltado a dormir. Agora, reúnem-se à volta de um único computador para enviar mensagens para os familiares e amigos, informando da existência de oito mortos e oito desaparecidos. Falar ao telefone é difícil, mas a Internet funciona como se não tivesse passado nenhum tsunami.
O último balanço aponta para a morte de 802 pessoas no Chile por causa do sismo e das ondas gigantes, mas há ainda muitos desaparecidos. Especialmente junto à costa, onde as autoridades procuram recuperar mais corpos no meio do cheiro a decomposição dos cadáveres, que apenas deixa antever a dimensão da tragédia.
"Fomos muito atingidos. Perdi tudo, fiquei sem nada. A minha casa, os meus pertences; só encontrámos algumas roupas. Desculpa se não te posso escrever mais, mas estamos a partilhar o único computador que resta entre todos", contou Miguel Rojas, de 38 anos, num e-mail que enviou a partir de Robinson Crusoé ao El País. Só ontem as autoridades chilenas conseguiram restabelecer o contacto via telemóvel com a ilha.
Foi através de correio electrónico ou das redes sociais como o Facebook ou o Twitter que os ilhéus contactaram com o exterior para saber dos familiares ou dar informações. Ferramentas que ajudaram também no continente, onde os meios tradicionais falharam.
Rojas está na ilha de Robinson Crusoé - onde viveu o náufrago que inspirou Daniel Dafoe a escrever o livro com o mesmo nome - há quatro anos. O chileno contou que acordou com o sismo "de baixa intensidade, mas muito longo" de sábado às 03.40. "Falei com a minha família em Santiago para saber deles e contaram-me que tinha sido um grande abalo. Nem pensei que podia vir aí um tsunami e voltei a deitar-me com a minha mulher e o meu filho."
Mas às 04.35, Martina fez soar o alarme e voltou a despertar os ilhéus. A filha do responsável da polícia apercebeu-se do perigo ao ver como os barcos na baía chocavam uns contra os outros. Apesar de não saber o sinal para tsunami (duas para fogo, três para deslizamento de terras), correu para a praça principal e accionou o alarme. Um gesto que pode ter salvo muitos dos 600 habitantes da ilha. As ondas entraram 300 metros dentro de terra, devastando praticamente toda a povoação



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