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O Planeta dos Macacos
(Pierre Boulle)

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O Planeta dos Macacos
Autor: Pierre Boulle(*)
A tripulação da nave que fazia o primeiro vôo intersideral, lançado de uma plataforma lunar em 2500, século XXI, estava em orbita há aproximadamente três séculos e meio. Contudo, em decorrência do fenômeno denominado dilatação do tempo, os viajantes tinham a sensação de que somente dois anos haviam passado.

Três pessoas participavam da expedição sideral: o erudito cientista Professor Antelle, idealizador e construtor da nave; o físico Arthur Levain; o jornalista Ulisse Mérou e o chimpanzé Hector. O objetivo da viagem era encontrar a gigantesca estrela Betelgeuse, constelação de Órion, distante do planeta Terra trezentos anos-luz e, mesmo assim tão distante, visível a olho nu.

A longa viagem transcorreu sem sobressaltos, com exceção para o breve incômodo causado pela total ausência de gravidade, até que certo dia, os expedicionários sentiram a emoção de encontrar Betelgeuse em todo seu esplendor. Logo, programaram os robôs da nave para iniciaram as observações científicas e descobriram a existência de quatro planetas na órbita de Betelgeuse, sendo que um deles movia-se numa trajetória semelhante ao planeta Terra e, também, apresentava características indicadoras da existência de vidas.

Diante de tantas semelhanças, os tripulantes decidiram visitar o planeta recém-descoberto. Orientaram os robôs da nave a mantê-la na órbita do novo planeta, desativaram os motores e seguiram para o reconhecimento terrestre a bordo de um veículo menor, denominado escuna. Pousaram suavemente sobre um terreno de capim verde; batizaram o planeta com o afetuoso nome de Sóror, em homenagem às semelhanças com a Terra, entre as quais: a composição do ar, respirável; a vegetação; o oceano e, posteriormente, após uma caminhada, a cachoeira, onde tiveram a alegria de encontrar seres humanos.

Mas não eram seres humanos semelhantes àqueles que ficaram na Terra no ano 2500 do século XXI.
Era uma multidão de seres humanos primitivos! Não sabiam falar, grunhiam; não sabiam sorrir e os supostos gestos de comunicação, associados aos modos como devoravam os alimentos, frutas, assemelhavam-se às reações instintivas de qualquer animal selvagem.

Após o encontro com os primitivos seres humanos, os tripulantes da nave foram atacados e tiveram suas roupas completamente rasgadas e os utensílios despedaçados. Destino semelhante teve a escuna, o veículo que os conduziu da nave até o solo: pilhada e totalmente destruída. E o chimpanzé Hector, foi assassinado sob o ímpeto furioso de uma das mulheres primitivas.

Por fim, o jornalista Ulisse, o físico Arthur e o erudito cientista Professor Antelle, ficaram completamente despidos, desarmados e expostos ao convívio compulsório com aquela população selvagem. Na primeira noite juntos, depois do ataque, os tripulantes dormiram nus sobre o capim seco, ao relento, e alimentaram-se somente de frutas frescas. Ao amanhecer, os expedicionários foram surpreendidos pelo desespero daquela legião de seres primitivos; todos correndo desesperados para todas as direções, certamente assustado com o ruído ao longe, semelhante ao rufar de tambores e sons de tiros dentro da mata.

O jornalista Ulisse e o físico Arthur, contagiados pelo desespero geral, também puseram-se a correr e fugir do desconhecido perigo; perderam-se do professor Antonelle, mas continuaram a correr do rufar dos tambores e também dos gritos e tiros que agora estavam muito próximos.

Em certo momento, comprimindo-se contra algumas moitas e outras plantas de porte médio, o jornalista Ulisse avistou um dos caçadores e sua espingarda. Era um caçador de humanos selvagens; trajava-se com elegância europeia, o olhar era feroz e ao mesmo tempo, demonstrava o prazer em alvejar suas presas; aliás, uma destas presas, estava ali, atrá dos arbustos. E o que o caçador não sabia, é que esta presa encurralada, é um jornalista, tripulante da nave que fez o primeiro vôo intersideral - um marco na história científica do planeta Terra - e está completamente nu, apavorado e registrando a cena com seus olhos horrorizados, congelados pelo choque emocional, porque o caçador de humanos selvagens elegantemente vestido não é um homem, sequer um ser humano... é um Gorila!

E assim, inicia-se a longa jornada de Ulisse pela sobrevivência, a reconstrução da identidade humana, o resgate da dignidade e o longo processo de individuação naquele equivocado planeta Sóror, o extraordinário Planeta dos Macacos.

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(*) Breve Biografia do Autor:
O francês Pierre Boulle nasceu em 1912; viveu no Extremo Oriente; foi combatente na Segunda Guerra Mundial e aprisionado em 1943. Após a guerra, passou a viver em Paris e tornou-se escritor; publicou mais de vinte títulos, entre os quais O Planeta dos Macacos (1963) e a A Ponte do Rio Kwai (1951). Faleceu em 1994.



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