Sobre a antimatéria
(Laise Ribeiro)
Foi o cientista Paul Dirac prêmio Nobel de 1933 quem formulou uma equação introduzindo teoricamente o conceito de antipartícula, essa é a equação de Dirac que posteriormente foi confirmado experimentalmente pela descoberta em 1932 do pósitron. A equação de Dirac descreve o comportamento do férmion e que o levou à previsão da existência da antimatéria. Esta equação descreve o comportamento relativístico do elétron.Esta teoria o levou a prever a existência do pósitron, a antipartícula do elétron, que foi observado experimentalmente em 1932 por Carl Anderson. O prêmio Nobel de física do ano de 1984, Carlo Rubbia físico italiano foi responsável por detectar as partículas de campo subatômico as W e Z, transportadoras ou mediadoras da interação fraca. Este cientistas descreveu a anti-matéria, como se fosse uma “espécie de imagem especular da matéria”, ou seja, como se fosse o reflexo de uma espécie de espelho. Essa idéia logo nos remota ao mito da caverna de Platão, entretanto não se trata de especulações filosóficas, as conclusões científicas são devido as observações realizadas em potentes equipamentos como os aceleradores de partículas. Com os aceleradores de prótons utilizando a fórmula E= m2, de Einstein, é possível transformar a energia em matéria. Dessa forma os pesquisadores puderam observar o núcleo do átomo e o comportamentos das sub-partículas nucleares. A antimatéria foi detectada pela primeira vez na década de 80 quando bombardearam partículas das quais surgiram átomos, núcleos, prótons. Coisas que segundo os pesquisadores não existiam antes, e se encontravam ao lado da matéria, esta coisa foi chamada então de antimatéria. Começou então o trabalho de tentar recolher essa antimatéria, acumulá-la e reduzi-la à forma de feixe, para poder enviá-la ao interior do acelerador, e utilizá-la como elemento de pesquisa. Capturadas por armadilhas magnéticas, estas antipartículas podem ser armazenadas e manipuladas. Porém este processo ainda é considerado muito ineficiente, pois gasta-se mais energia produzindo as antipartículas do que se obteria com o resultado da colisão. Nos aceleradores de partículas, os cientistas colidem matéria em altíssima velocidade. O resultado desta operação é a conversão de energia, emergindo dali partículas elementares, e com elas as antipartículas. Entretanto esta tendência em fazer colidir partículas, atualmente encontra fortíssimas críticas, pois os resultados já são previsíveis, isto devido a altíssima liberação de energia que ocorre neste processo. Ocorre que a antimatéria quando interagem com a matéria aniquilam-se, transformam-se em energia normalmente em forma de fótons de alta energia ou seja em raios gama. Cientistas explicam que deve ser essa a razão porque "é impossível ver no Universo a existência da matéria e antimatéria ao mesmo tempo". Quanto a utilização da antimatéria pela indústria encontra-se pesquisas nas áreas da medicina para detectar e destruir tumores, e também no campo espacial. Nesse campo a antimatéria é vista como uma possibilidade de ser usada como combustível de naves interestrelares. Entretanto a utilização da antimatéria como recurso energético ainda é muito cautelosa, pois no caso de falha, a conseqüência seria uma explosão de grandes proporções. Enfim as pesquisas realizadas por equipamentos de alta tecnologia no mínimo sugerem um universo intrigante que vem sendo incansavelmente explorado, revolucionando desde a produção de equipamentos de alta tecnologia como também modificando nossas certezas, e colocando dúvidas e questionamentos quanto a possibilidade da existência dos universos paralelos ou do multiverso.
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