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Um novo mundo aqui e agora
(Eckhart Tolle)

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É para a população desse novo mundo que Eckhart Tolle escreve este livro e, ao que tudo indica, no momento certo, já que a maioria das pessoas vem sentindo uma sensação de urgência, como se algo muito ruim estivesse por acontecer em suas vidas e que, se não forem tomadas as devidas providências, pode ser que seja tarde demais. Refere-se o autor a uma crise desvairada que assola a auto-imagem, que beira a insanidade, uma vez que o ser humano passou a se dedicar a coisas que não lhe são próprias, inerentes, esquecendo-se de preocupar com sua essência. Afirma ainda que o ego, cada vez mais, vem se identificando com “formas de pensamento” não reais, diretamente relacionadas com a percepção limitada que o indivíduo vem tendo de si mesmo e dos outros. O olhar humano passou a ser dirigido para coisas exteriores e se apegou ao lema: “eu tenho, portanto, eu sou”, tornando-se um ser obsessivamente consumista. A partir de então, a emoção tornou-se a direcionadora de sua vida e, conseqüentemente, trouxe consigo o sentimento inexplicável do medo (de não ser ninguém, de morrer, etc.). Paira no ar um sentimento contínuo de “insegurança, desconforto, desassossego, tédio, medo e insatisfação”. O ego, em tempos atuais, como se tem percebido, necessita de grande quantidade de atenção para que possa sobreviver e, em função disso, torna-se viciado desse mesmo poder, reconhecimento por parte dos demais, sem falar no conflito que se estabelece quando o homem realiza a comparação entre si e os demais. Sendo assim, sempre se vê separado dos outros e do mundo e se mantém preso a comparações que envolvem ser “melhor que”, sentir-se “menos que” ou “maior que”, vivendo em um clima constante de ataque e defesa. Interessante é que, se formos identificar mais profundamente, os egos diferenciam-se apenas no aspecto exterior, já que são todos iguais em suas ansiedades, luta pela sobrevivência, sentimentos de proteção e de expansão no ambiente em que se desenvolvem. A grande necessidade é a de se diferenciar dos demais, de ser especial e, obviamente, a de oposição constante aos supostos inimigos. O que é mais importante destacar, no entanto, é que se tem constatado que quanto mais o indivíduo cria sua identidade a partir de seus pressupostos, pensamentos e crenças pessoais, mais se afasta de sua própria essência, da dos outros e até mesmo do próprio mundo que lhe rodeia. Lembra o autor que quando a pessoa entra em tal processo, somente seus pensamentos e visão sobre a realidade passam a ter valor e, quando percebe que pode haver alguma identificação com a dos demais, busca desesperada e inconscientemente proteger sua identidade pois acredita que seja ela a única a conhecedora e detentora da “verdade”. Em função de tal estado de alerta surge o que Tolle denomina de “corpo de dor”, regido pela emoção e voltado exclusivamente para um ego que busca se sobressair dos demais e que pode ser ativado por determinadas situações de conflito ou por pessoas que fazem com que ele se sinta em situação de perigo (como por exemplo, uma provocação vinda de outrem). Esse “corpo de dor”, discorre o autor, é “uma forma de energia semi-autônoma, que vive dentro da maioria dos seres humanos”. É entidade constituída pela emoção e, assim como todas as formas de vida, o “corpo de dor” precisa de alimentação regular, sendo seu alimento essencial uma energia que seja “compatível com sua natureza, isto é, que vibre numa freqüência semelhante à sua”. Este deve ser um dos motivos que toda experiência dolorosa passa a ser usada como alimento para o “corpo de dor”, sendo uma das causas do porquê que ele se desenvolve tão bem quando o sujeito é assolado por pensamentos negativos, sentimentos de depreciação e no drama dos relacionamentos. Dessa forma, o “corpo de dor” acaba se tornando, definitivamente, em um vício ligado diretamente à infelicidade e insatisfação pessoal.Admite o autor que a saída para tal labirinto somente poderá vir a acontecer quando o ser humano fizer uso da consciência,  conseguir estabelecer a diferença entre “fato” e “opinião”, já que esta é diretamente relacionada com a crença. O mundo não pode ficar restrito a rótulos e palavras – sem eles, a vida poderá recuperar a utilização da razão. Para Tolle, o reconhecimento da própria insanidade marca o início da cura espiritual. Quando o sujeito consegue olhar para seu ego – quando  está consciente –   livra-se dele. Consciência e ego não podem coexistir. Sempre que o ego é reconhecido, ele fica mais fraco e conseguir "estar"e se perceber no aqui e no agora” já é uma grande abertura para a transformação pessoal e do próprio mundo, além de provocar a tomada da consciência com relação ao pertencimento ao planeta, o respeito à natureza e, conseqüentemente, uma maior interação com todo o meio ambiente e social. Portanto, somente a “Presença”, o “Ser Agora” podem libertar o ser humano do ego e, assim, descobrir que o novo mundo já está aqui, basta que cada um queira se encontrar e viver harmoniosamente com ele.



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