Fábulas - APOLO, HERMES E O CORVO
(ESOPO)
Apanhado em uma armadilha, o Corvo apelou para Apolo, prometendo queimar-lhe incenso. Foi salvo. Entretanto, esqueceu da oferenda prometida. Mais adiante teve a infelicidade de cair de novo em uma armadilha. Agora apelou para Hermes, prometendo também um sacrifício de incenso. Este, ciente de tudo, como era Três Vezes Sábio... Respondeu-lhe: "Como posso confiar em tuas promessas, se não cumpriste as que fizeste ao teu benfeitor anterior?" Moral - Isto se diz aos que não cumprem suas promessas, para que saibam que depois não serão mais socorridos. ANÁLISE - É bem antiga essa parábola a respeito das nossas promessas. De um modo bem primitivo é isso mesmo que é preciso fazer para garantir a seriedade dos acordos na vida social. Porém, a presente fábula não está avaliando compromissos de reciprocidade entre pessoas. Ambos os momentos se referem a estados de necessidade, anormais, cujas armadilhas ficam no escuro! Há algo mais para levar em conta. Esopo disfarça os fatos com dois deuses da Mitologia Grega. É o caso de querer saber se o fabulista estava desconfiando da argúcia dos ouvintes. Este é o ponto chave do Escravismo: as Trevas criam o ABEL bíblico e seus descendentes agredidos pelos Cainitas e descendentes. Conseguem com essa armação a promessa que vai mantê-los por milênios escravizados em estado de dependência a seu suposto benfeitor que trocou a "pena de morte" pelo estado de escravo. Vamos pensar bem nisso ao examinar o que é Democracia com seus quatro pilares: Verdade, direito de prosperar, respeito ao mérito e a propriedade honesta. E também entenderemos o estado oposto que é o Escravagismo - Mentiras armadas (armadilhas...) no escuro, proibição de ir e vir, não ter respeitado o mérito, nem poder ser dono de propriedades honestamente adquiridas.
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