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Grande sertão : veredas
(João Guimarães Rosa)

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  "O diabo na rua, no meio do redemoinho",sempre achei literatura regional não era para mim, depois que li essa obra descobri não somente uma obra universal , mas também uma autor universal , e neste livro, o sertão é aquilo que eu acredito que tenha que ser em uma história, como em qualquer outra história: Um plano de fundo;  o tema central que vemos em toda grande literatura: O homem. O tema mais curioso, assustador e impressionaste de todas as histórias.Grande Sertão: Veredas é a  história de, Riobaldo e Diadorim. Riobaldo, que passa a ser chamado de Tatarana apos entrar no "bando", é o narrador.Reinaldo é Diadorim filho de Joca Ramiro, chefe dos jagunços, que Riobaldo conhece quando criança,ao atravessar o rio São Francisco perto de sua casa .
 Conta sua sina de vida em liguagem sertaneja ao ouvinte que nunca se pronucia , a quem ele chama “Senhor” ou “Moço”.
 Em sua narrativa, intérprete dos segredos das veredas, Riobaldo tece a história de sua vida – um discurso de descoberta e autoconhecimento: revelando o sertão-mundo, revela-se a si próprio, como se dissesse “o sertão sou eu” para reconhecer-se.
Nessa perigosa travessia, Riobaldo confronta as forças do bem e do mal, retoma num fluxo de memória o fio de sua vida e narra as grandes lutas dos bandos de jagunços, descreve os feitos e características de diversos personagens e revela os códigos de honra e de procedimentos do sertão.
 Conta ele que depois da morte da mãe, uma mulher pobre que vive como agregada em uma grande fazenda no interior de minas, passou a morar com seu padrinho. Decepcionado, com esse que era provavelmente seu verdadeiro pai, foge de casa.
Entretanto, segundo o próprio Riobaldo a série de aventuras que vive com o bando não lhe traz satisfação. A verdade é que com o passar do tempo passou a perceber que ama seu amigo Diadorim, e a impossibilidade de realização desse sentimento o deixa cada vez mais frustrado. O narrador gostaria de partir com seu companheiro, mas Diadorim se recusa a abandonar a jagunçagem até vingar seu pai Joca Ramiro, que foi traído e assassinado por Hermógenes, líder de um grupo rival.
Diadorim era sério, "não se fornecia com mulher nenhuma". Destemido, calado, de feições finas e delicadas, impressionava Riobaldo e exercia sobre ele grande fascínio: "Mas eu gostava dele, dia mais dia, mais gostava. Digo o senhor: como um feitiço? Isso. Feito coisa-feita. Era ele estar perto de mim, e nada me faltava. Era ele fechar a cara e estar tristonho, e eu perdia meu sossego".
Riobaldo decide vingar a morte de Joca Ramiro, para ele uma questão de honra. Sentindo-se completamente encurralado Riobaldo resolve então fazer um pacto com o demônio, de modo que esse lhe permita matar Hermógenes e sair da situação em que se encontra. Em uma noite escura, o narrador vai, então, a uma encruzilhada. Chama o demônio pelo nome e, não recebe qualquer tipo de resposta. Não é possivel afirmar com certeza se houve ou não o pacto. Essa tensão estende-se por toda a narrativa. Fato é que, depois dessa noite, o comportamento de Riobaldo se modifica radicalmente, chegando a se tornar o chefe do bando. Uma das grandes dúvidas de Riobaldo era justamente sobre a existência ou não do "Diabo", e se verdadeira a sua condição de pactuário. Durante a narrativa, vai e volta dessa crença, atitude que orna bem a inconstância desse personagem: "Nonada. O diabo não há! É o que eu digo, se for... Existe é homem humano." "O Diabo no meio da rua". Esse questionamento , sobre o bem e o mal que habita em todos nós. Diadorim tinha como objetivo vingar a morte do pai e consegue, após muitas lutas e andanças. Em sangrento duelo, mata Hermógenes, mas é ferido mortalmente. Ao receber a notícia da morte do amigo, Riobaldo é tomado por dor intensa e, em desespero, estarrecido, exclama: “Meu amor”, diante do corpo desnudo a revelar o grande segredo do companheiro: Diadorim, na verdade, era uma mulher.
Após o trágico fim de Diadorim, Riobaldo desiste da vida de jagunço e adota um comportamento de devoção espiritual, orientado pelo seu compadre Quelemém. Casa-se com Otacília e torna-se proprietário, ao receber  fazendas de herança.
Aforismos:
1. Viver é muito perigoso
2. Deus é paciência
3. Sertão. O senhor sabe : sertão 'onde manda quem é forte , com as astúcias .
4. ...sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o poder do lugar .
5. ...toda saudade é uma espécie de velhice
6. Jagunço é isso . Jagunço não se escabreia com perda nem derrota - quase tudo para ele é o igual.
7. Deus existe mesmo quando não há . Mas o demônio não precisa de existir para haver .
8. Viver é um descuido prosseguido .
9. sertão é do tamanho do mundo
10. Vingar , digo ao senhor : é lamber , frio , o que o outro cozinhou quente demais .
11. Quem desconfia , fica sábio .
12. Sertão é o sozinho .
13. Sertão : é dentro da gente .
14. ...sertão é sem lugar .
15. Para as coisas que há de pior , a gente não alcança fechar as portas .
16. Vivendo , se aprende ; mas o que se aprende , mais , é só a fazer outras maiores perguntas .
17. amor só mente para dizer maior verdade .
18. Paciência de velho tem muito valor .
19. Sossego traz desejos .
20. quem ama é sempre muito escravo , mas não obedece nunca de verdade .



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