Estudo de fatores de risco para hipoplasia do esmalte na 2ª dentição.
(FORD; D.; SEOW; W. K.; KAZOULLIS; S.; HOLCOMBE; T. e NEWMAN; B.)
Estudo controlado de fatores de risco para hipoplasia do esmalte na dentição permanente.
Referência Bibliográfica: FORD, D., SEOW, W. K., KAZOULLIS, S., HOLCOMBE, T. e NEWMAN, B. Pediatr. Dent., set./out., v. 31, n. 5, p. 382-388, 2009.
OBJETIVO: O propósito deste estudo foi investigar os fatores de risco para hipoplasia de esmalte (HE) e opacidade do esmalte (OE) em dentes permanentes de crianças escolares saudáveis oriundos de uma comunidade não fluoretada na Austrália. MÉTODOS: Crianças com HE (N = 104) ou OE (N = 104) foram comparadas com controles equivalentes sem defeitos no esmalte (N = 105). Os indivíduos que anteriormente residiam em uma cidade otimamente fluoretada forneceram os dados sobre os efeitos da ingestão de água fluoretada. RESULTADOS: Os principais fatores de risco para HE foram o baixo status socioeconômico (P < 0,04), infecção respiratória (P < 0,001), exposição ao fumo do cigarro (P = 0,001), asma (P = 0,007), otite média (P = 0,01), Infecção do Trato Urinário (ITU, P = 0,03) e varicela* (P = 0,001). Combinações tanto de varicela e ITU ou varicela e exposição ao fumo do cigarro estiveram associados com um número relativamente alto de HE. Enquanto que o uso de dentifrícios para adultos (1000ppm de fluoreto) em idades entre 0 e 3 anos aumentaram o risco, houve menos OE em crianças que usavam dentifrícios infantis (300ppm de fluoreto, 86% versus 95%; P = 0,02) ou que ingeriam água fluoretada otimamente comparadas com aquelas que não bebiam (4% versus 29%; P = 0,01). CONCLUSÕES: Crianças com baixo status socioeconômico, história de infecções respiratórias ou varicela, exposição ao fumo do cigarro, infecções do trato urinário, otite, e uso de dentifrícios para adultos são predispostas à HE. Em comparação, a ingestão de água otimamente fluoretada entre 0 e 3 anos reduz o risco opacidade do esmante dental.
N.T.:
*A varicela (ou catapora, denominação comum no Brasil) é uma doença infecciosa aguda comum na infância (infecção primária) dos seres humanos, altamente transmissível e causada pelo vírus varicela-zóster, também conhecido como HHV3 (Human Herpes Virus 3); sendo autolimitante, raramente há necessidade de terapia, normalmente sintomática. A varicela-zoster (infecção recorrente) é uma doença mais comum em idades avançadas, seguindo um período de latência de algumas décadas, sendo uma forma reincidente tardia dos vírus da varicela que permanece dormente nos gânglios nervosos; nestes casos, a terapêutica consiste em analgésicos tópicos ou sistêmicos, enxaguatórios bucais em lesões orais, e antivirais sistêmicos (reduzem o risco de neuralgia pós-herpética), comumente o aciclovir por via tópica ou ingestão oral.
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