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Austen, Mandino e Wallace
(sergio ferraz)

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Jane Austen, Mandino e Wallace
Três escritores que nada têm em comum. Creio que nem se conheceram. O que eles têm em comum é que se destacaram mais por uma obra do que pelo seu conjunto de obras. Austen se eternizou em Orgulho e Preconceito. Moça pobre, nascida numa aldeia no ano de 1775, em Steventon, Inglaterra, onde praticamente passou toda sua curta vida, pois morreu com apenas 42 anos, Jane Austen consegue em Orgulho e Preconceito retratar a nobre sociedade e seus costumes e podres da época, sem nunca ter jamais pisado numa cidade grande, antes de ter escrito o romance.
Hoje Orgulho e Preconceito é leitura obrigatória em escolas da Inglaterra e EUA, mas quando a autora apresentou os manuscritos a uma editora, eles foram rejeitados, sendo o livro somente editado em 1813, quatro anos antes de sua morte...
Já Og Mandino é um escritor de livros de auto-ajuda, livros que normalmente eu aprendi a passar longe, pois como disse certa vez um conhecido meu, os livros de auto-ajuda realmente ajudam...seus escritores a encherem os bolsos de dinheiro! Colocar palavras de estímulo e conceitos de vitória num livro é fácil. Mas como diz nosso filósofo Maguila, ex-boxeador, “o papel aceita tudo”, ou seja, realizar as coisas já é outra história!
Mas eu lembro que quando estava estudando publicidade, me chamou a atenção o livro O Maior Vendedor do Mundo, como também o nome de seu autor: Og Mandino. Nome esquisito, título intrigante. E não me arrependo até hoje, de ter comprado aquele livro. Na época devo tê-lo lido umas 20 vezes. Não era um simples livro de auto-ajuda. Og Mandino é um escritor de fato e, com muita sabedoria, leva o leitor a acompanhar fascinado a história do jovem Hafid, que se transforma num bem-sucedido homem de negócios no Oriente, e de seu fiel ajudante Erasmo. Mandino não acena com riquezas fáceis da noite para o dia, e nem sucessos e nem fama. Em O Maior Vendedor do Mundo, ele narra uma história fictícia, paralela ao nascimento (real) de Jesus Cristo e que culmina de modo inesperado, fascinante e surpreendente. No livro você aprende a lutar, a persistir, a alcançar a vitória e depois, dividir metade dessa vitória com os pobres!
Mandino não o ensina a enriquecer, mas dá uma lição de amor, fraternidade e desapego às coisas materiais. Com uma pregação contrária aos livros de auto-ajuda, que levam normalmente o indivíduo a pensar somente em si, a querer se sair bem, e pronto, talvez seja esse o segredo do sucesso do trabalho de Og Mandino. Se puder, dê uma conferida.
Por fim, Edgar Wallace, que, para quem não conhece, se notabilizou por ser o roteirista do bem-sucedido filme King Kong. Ele começou a carreira como jornalista policial, de onde iria acumular experiência, para passar para seus livros, com muita crueza para A Lei do Chefão, que retrata o submundo cruel e às vezes até ridículo dos gangsters, ou com humor e mistério a “la Agatha Christie”, no livro Uma Canção Nas Trevas. O título, apesar de se ater ao enredo do livro, engana, pois nos remete a uma história de amor ou algo parecido, e nunca com uma história policial. Mas é. E uma ótima história, que se desenrola lenta como era a vida na década de 30. Não havia pressa, não havia estresse. Aliás, tal palavra nem existia ainda. E é dessa maneira, bucólica e bem-humorada que trabalha Sooper para desvendar um crime quase que perfeito. Sooper, apelido do superintendente da Força Policial Inglesa, é apaixonado por sua velha motocicleta, com a qual divide a participação na história.
Ah, sim. O título original do livro é Big Foot (Pé Grande), que nada tem a ver com o título em português, mas o título em português tem a ver com a história do livro. Intrigante? Pois é. Não são assim as boas histórias policiais? Outro fato a ser destacado é a capa do livro, que é uma obra-prima, tanto do designer que a “bolou”, quanto da própria obra em si, que é uma xilogravura de M.C. Escher, de 1952, chamada A Poça d’água. É espetacular!



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