Acessórios da Dança Oriental
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Muitas pessoas quando vêm um espectaculo de Dança Oriental, não sabe bem qual o significado dos acessórios utilizados neste tipo de dança. Pois indico alguns dos acessorios e quais os seus significados.
Dança do Bastão ou Bengala
As bailarinas costumam apresentar-se utilizando um bastão leve ou uma bengala, e é uma adaptação de uma dança masculina originária de Said, região do Alto Egipto, chamada Tahtib. Na dança masculina eram usados bastões, e os homens ao dançar imitavam os rituais de luta. As bailarinas apresentam-se ao som do ritmo Said que é bastante alegre e costuma-se chamar a esta dança de Raks El Assaya, ou dança de Said. Nesta dança feminina roda-se o bastão com os dedos à frente do corpo, gira-se o bastão lateralmente e frontalmente ao corpo, gira-se por cima da cabeça e alternadamente nos lados lateral direito e esquerdo, apoia-se o bastão verticalmente no chão e rodopia-se à sua volta.
Dança da Espada
Existem várias lendas para a origem da dança da espada. Uma delas diz que é uma dança em homenagem à Deusa Neit, uma deusa guerreira egípcia. Ela simbolizava a destruição dos inimigos e a abertura de caminhos. Outra lenda diz que esta dança surgiu nas tabernas onde os soldados iam descansar após um dia de luta. Então as mulheres da casa pegavam nas suas espadas e dançavam para sua diversão. Uma outra lenda diz que na antiguidade as mulheres roubavam as espadas dos guardiãs do rei para dançar.
Dança do Candelabro
Este tipo de dança existe há muitos anos e fazia parte das celebrações de casamento e nascimentos. Ainda hoje, ela é tradicionalmente apresentada na maioria dos casamentos egípcios, onde a bailarina conduz o cortejo do casamento levando um candelabro na cabeça. Desta maneira ela procura iluminar o caminho dos noivos, como forma a proporcionar felicidade ao casal.
A Dança das Velas
Também conhecida como a Dança das Tacinhas, deriva da Raks al Shemadan ou Dança do Candelabro. A bailarina dança com tacinhas (ou pequenos castiçais) com velas nas mãos. Durante a dança, as taças vão sendo equilibradas em diferentes partes do corpo da bailarina, como coxas, barriga, etc. Tem a mesma simbologia que a Dança do Candelabro, sendo comum ser vista em casamentos, baptizados e aniversários, servindo para iluminar o caminho dos homenageados.
A Dança do Véu
O véu está presente em várias passagens de textos que descrevem a dança dos povos do Antigo Egipto. Quando se fala da importância e significado do véu, devemos relembrar que os movimentos da Dança Oriental estão relacionados com os quatro elementos da natureza e portanto o véu relaciona-se com o elemento ar. No entanto a informação de danças com véus foi escassa até ao século XIX. A dança com véu como hoje a conhecemos, não entrou nas apresentações de Dança Oriental até 1940. Nesta altura (na época do rei Farouk no Egipto), uma coreógrafa russa chamada Ivanova é convidada para ministrar aulas e ensina Samia Gamal alguns movimentos sobre como trabalhar com véus, como por exemplo, entradas em cena e enriquecimento da elaboração do movimento dos braços. O véu popularizou-se e foi incorporado por outras bailarinas orientais, tornando-se muito apreciado nos EUA. Através das visões hollywodescas do antigo oriente, o véu tornou-se num acessório interessante e indispensável das coreografias orientais actuais.
Dança com Sagats/Crótalos/Snujs
Estes pequenos discos metálicos trazem alegria à dança e são parte integrante do Baladi. A bailarina deve praticar bastante para conseguir tocar e dançar com desenvoltura. Os toques dos crótalos devem estar sintonizados com o movimento dos braços, tronco e anca. Outras Danças Folclóricas com Influência na Dança Oriental Cada povo acrescentou um pouco da sua personalidade, da sua maneira intrínseca de ser e de testar esta dança.
Dança com Melaya
Meleah ou melaya significa pedaço de tecido. Melea sereer significa lençol ou colcha de cama. Melea laff significa pedaço de tecido enrolado ou lenço enrolado. No século XIX e início do século XX, era um traje tradicional muito usado pelas mulheres no Egito, independente de classe social. Nos grandes centros urbanos do Egito, como Cairo e Alexandria, esse véu era quase que obrigatório, fazendo parte da moda. Consistia em um véu preto, feito com material não-transparente (geralmente tecido grosso, escuro e pesado), enrolado ao corpo, da cabeça aos pés, como sinal de respeito e dignidade. O manto era usado principalmente quando as mulheres saíam. Apesar de o lenço esconder o corpo, seu maior atrativo era a revelação das curvas do quadril e da cintura feita pelo tecido enrolado bem apertado em redor do corpo. Isso é bastante universal e fácil de entender: em todo o mundo os homens são fascinados pela maneira como a mulher se veste para ir à rua. Quando a moça passa por um grupo de rapazes, mesmo discretamente, recebe olhares curiosos por muitos motivos. Um acompanhamento usual desse traje era a burka, um véu tricotado com amplos buracos, que acrescentavam mistério ao rosto, em vez de cobri-lo. Hoje em dia, muitas mulheres baladi (do povo) ainda o usam, mas tal costume está gradualmente caindo em desuso e praticamente desapareceu das ruas do Egito.
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