Abordagem Familiar feita por Agentes de captação
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O agente e captador fica sabendo do óbito através do SAME, pessoas que contamos com total apoio e colaboração para a desenvoltura do procedimento. O agente captador, antes da abordagem necessitará verificar as causas do óbito e as fichas de evolução do paciente, afim de não abordar famílias cuja causa do óbito se derem por inviáveis para captação. Como exemplo: São critérios de exclusão, ser portador de infecções generalizadas e doenças como hepatite B e C, Aids, citomegalovírus, sífilis toxoplasmose, ceratocone, Doença de Chagas, neoplasias no cérebro, neoplasias com metástase, Doença de Creutzfeldt-Jakob, choque séptico, septicemia, 6 horas após o óbito e casos que de ferimento a bala que teve trajeto próximo ao globo ocular, o que atrapalharia no exame de necropsia, causando assim problemas com o IML.
Nestes casos de inviabilidade é crucial de que não haja a abordagem por lei.
Os agentes captadores devem ter seu livro ATA de plantão para fazer as anotações de porque não abordaram e porque tomaram uma negativa da família, sem esquecer de anotar o número do prontuário do óbito em suas anotações, para eventuais auditorias da parte do Banco de olhos ou até mesmo do hospital em que são plantonistas.
Depois de ver o atestado de óbito e o mesmo ser um óbito viável, o agente captador deve procurar a família para iniciar o procedimento de abordagem familiar. Primeiramente nunca devemos abordar parentes de segundo grau, se o óbito não possuir parentes, ou possuir apenas parentes de segundo grau torna-se um óbito inviável por lei.
Óbito viável com parente de primeiro grau: Os agentes devem manter a máxima compostura possível, respeitando a dor da perda do parente abordado.
Assim que o parente terminar o preenchimento do óbito no SAME, devemos nos aproximar calmamente, sem demonstrar nervosismo ou insegurança e com a máxima confiança, chamamos o parente de primeiro grau para conversar em particular em uma sala restrita no hospital, se o parente do óbito estiver muito nervoso tentamos acalmar, se possível dar um copo de água, conversar e ser compreensível na dor da perda.
Explicar que o óbito foi útil em vida e poderá ser útil também na morte fazendo a doação das córneas, pois outra pessoa voltará a enxergar graças a atitude benevolente que o parente estará prestes a tomar doando as córneas, sempre devemos frisar que existem muitas pessoas na fila a espera de uma córnea e que dependem desta atitude para voltar a enxergar novamente. Funciona muito bem o agente de captação durante a abordagem explicar sobre a cegueira apagando a luz, dizendo “É assim que enxerga um deficiente visual”, acendendo a luz novamente e continuando o processo psicológico, mas sem exageros. Em uma positiva, nunca esquecer de preencher todos os dados do parente de primeiro grau e obtendo a assinatura do mesmo. Este documento deve ter três vias, uma fica no hospital, outra no Banco de olhos e por fim uma na pasta pessoal do plantonista.
Positiva: Nunca mentir ou omitir de como é o procedimento explicar que a córnea se assemelha a um vidro de relógio, mas vamos fazer a enucleação (retirada total do globo ocular), pois a esclera também serve para enxertos de pessoas que tiveram perfuração ocular. Explicando ao parente de primeiro grau, que é um procedimento cirúrgico, que não leva mais de 20 a 30 minutos para ser realizado e não deixaremos cicatrizes, pois colocaremos uma prótese no local. Se possível cada agente de captação deve obter uma câmera fotográfica para deixar o cadáver o mais perfeito possível pós enucleação.
Daniela de Farias e Silva.
Bióloga - Técnica em banco de olhos Crbio 54642/01
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