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Encontro FORMATIVO: ALGUMAS REFLEXÕES POSSÍVEIS (Parte II)
(Márcia Elizabeti Machado de Lima; Maria José da Silva)

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    ENCONTRO FORMATIVO: ALGUMAS REFLEXÕES POSSÍVEIS (Parte II)
 Consideramos os encontros formativos uma possibilidade para viabilizar a construção, socialização e confronto de conhecimentos, pois, são estes os momentos em que se criam os laços necessários ao estabelecimento de parcerias em busca da solução de problemas identificados no grupo. Principalmente, porque propicia pensarmos os conteúdos da formação, considerando o contexto educativo onde os docentes constroem e reconstroem conhecimentos com outros colegas.
            É com este pensamento que assumimos para cada encontro formativo uma atitude diferente em relação às atividades a serem desenvolvidas.  Considerando que estamos inseridos em contextos diferentes, com problemas típicos de cada localidade e precisamos compreender as necessidades, os limites e as possibilidades desses professores retornarem às escolas de origem com o pensamento voltado ao trabalho coletivo.  E, que este coletivo seja capaz de definir prioridades em sua formação, o que, como, para que e quando, ou seja, tornarem-se autores da sua própria formação, o que deve ser fomentado, incansavelmente, pelos Centros de Formação. 
    Observamos, no decorrer desses encontros, que a discussão/reflexão, às vezes, provoca sensação desconfortável, pois gera discussão sobre a problemática vivida por eles, diariamente, expondo as diferenças na formação de cada um, revelando os diferentes estágios em que se encontram esses profissionais, o que contribui às inquietações. Pensamos que este seja um dos caminhos, uma vez que para promovermos alguma modificação devemos antes inquietar-nos. 
    Mediante as postulações feitas até aqui, ressaltamos que a ansiedade e as inquietações fazem parte do cotidiano do professor formador, pois se a cada novo encontro nos deparamos com realidades diferentes, logo, temos apenas esboço do trabalho a ser desenvolvido, configurando-se, sempre, em um novo desafio a ser vencido. No tocante à ação pedagógica, consideramos esse aspecto frutífero, pois implica na necessidade de autoformação, constante, por meio da pesquisa, na compreensão de aspectos/problemas da realidade, às vezes, ignorados por nós, e acima de tudo, na aceitação de que nos constituímos mediante o olhar do Outro, tendo em vista as avaliações inclusas nesse processo. Esclarecendo que essas avaliações podem ser explícitas, quando utilizamos instrumentos próprios, ao final de cada curso, ou implícitas, mediante reações, como maior ou menor participação nas atividades propostas, ou mesmo, por meio do discurso, que pode denunciar, mesmo quando se tem a intenção de ocultar, se aceitamos ou não, os encaminhamentos dados aos trabalhos.
     Acrescente-se a essas considerações, o agravante de um sentimento que nos acompanha ao final de cada encontro formativo, que acreditamos, deva fazer parte, naturalmente, da vida de quem desempenha a função de professor formador. É o sentimento de não termos atingido, a contento, os objetivos propostos, inicialmente. Isso por entendermos que só conseguimos aprender/modificar atitudes quando a inquietação gera participação e essa participação gera engajamento. O que nem sempre é perceptível, no momento, pois, geralmente, requer acomodação, podendo levar algum tempo para se colher os frutos da semente plantada, o que, dificilmente, aceitamos, já que fomos educados para o imediatismo, perfil profissional que estamos buscando desconstruir.  
    Para concluir, por ora, essas reflexões,  afirmamos a nossa concordância com Selma Pimenta sobre a importância da mobilização dos saberes docentes em encontros coletivos de formação continuada, como forma de socialização de experiências e crescimento profissional, assim como a construção/reconstrução da identidade, por vezes, até considerada perdida, em meio a tanta desvalorização sofrida ao longo do tempo. Evocamos, portanto, a alimentação da chama da esperança, comungando das idéias de Freire, na sua Pedagogia da Autonomia (1996), quando faz a defesa da necessidade de que o professor se comprometa em construir, constantemente, a competência profissional, ancorada em valores humanos, que constituem os pilares da autoridade docente. Enfim, ratificamos que esses são valores defendidos por nós, professoras formadoras, e pelo CEFAPRO enquanto disseminador das políticas estaduais de educação, no Mato Grosso.   
 



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