Pau-Brasil
(Oswald de Andrad)
A obra Pau-Brasil de Oswald de Andrade coloca em prática as idéias do manifesto de mesmo nome que marcou uma das mais importantes tendências do Modernismo brasileiro.
Na primeira parte do livro, entitulada "História do Brasil", Oswald de Andrade reestabelece com surpreendente vigor poético documentos de nossa literatura de informação, iniciando com Pero Vaz e a descoberta do Brasil, ou seja, ele retorna aos primórdios do nascimento do Brasil, seguindo por descrição de cenas da vida no país.
Na segunda parte da obra, onde estão os "Poemas da colonização", ele revê momentos de nossa fase colonial em poemas com grande poder de síntese, como aparece no “Caso”, “O medroso” onde faz revisão das lendas, ou ainda, a postulação da gramática popular em contraposição a oficial do povo brasileiro no trecho “O Gramático”, “O capoeira” dentre tantos outros onde brinca com a linguagem popular.
Oswald de Andrade expõe a paisagem brasileira, cenas do cotidiano e faz uma poesia metalingüística. Ele se utiliza amplamente do verso livre e de uma linguagem extremamente simples, mesmo coloquial, com qual chega a brincar.
Um dos poemas citados da obra é Canção de regresso à minha Pátria, a primeira sátira modernista à romântica Canção do exílio, de Gonçalves Dias, construindo um nacionalismo bastante crítico.
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