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The Power of Now and Practicing the Power of Now
(Eckhart Tolle)

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Segundo o autor, os seres humanos, no seu percurso evolutivo, encontram-se num ponto crucial de pressão para elevar o nível da sua consciência acima do reino temporal da mente, que é comandada pelo ego: o falso eu (=mente egoica), que conta histórias sobre o passado e faz projecções para o futuro, impedindo a focalização no único, eterno momento, que realmente existe: o Agora.
 
É nesse movimento pendular entre o passado e o futuro, fugindo ao Agora, que a mente egoica produz a dor. O autor refere dois níveis de dor: a dor que é continuamente gerada e a que vem do passado. Chama-lhe corpo de dor. “Enquanto você for incapaz de aceder ao poder do Agora, todas as dores emocionais que experimentar deixarão atrás de si um resíduo de dor que continuará a viver em si. Ela mistura-se na dor do passado, que já lá existia, e aloja-se na sua mente e no seu corpo.”[1]
 
A porta para a liberdade, que desfaz a dor e leva à paz interior, encontra-se no único momento real, que é precioso: o presente, o Agora, que é eterno. Diz o autor: “ A vida acontece agora. Nunca houve uma altura em que a sua vida não fosse no agora, nem nunca haverá. (…) Nunca nada aconteceu no passado, mas sim no Agora. Nunca nada vai acontecer no futuro, mas sim no Agora.”[2] “O presente eterno é o espaço dentro do qual toda a sua vida se processa, o factor único que permanece constante. A vida é agora.”[3] 
 
Um novo patamar é alcançado quando o ser humano deixa de se identificar com a mente – o pensador – e descobre que o seu eu autêntico está para além dela: é quem observa, é a consciência, a presença permanente.

Ao estar presente, consciente, alerta, o verdadeiro eu – o observador para além da mente – dissolve o ego, dissolve o corpo de dor.Alcança-se a compreensão de que a mente é um instrumento maravilhoso para utilizar quando é necessário e deixa-se de viver aprisionado por ela, num estado de inconsciência.
 
Estar no Agora é estar presente, alerta, consciente do que se passa dentro e fora de nós. O acesso ao Agora, faz-se saindo da mente e observando silenciosamente, sem críticas, sem julgamentos os pensamentos, as emoções,  os estados de espírito, medos, desejos, sensações, comportamentos, acções, reacções…É sair da mente e entrar no corpo: é sentir a vida pulsante em todo o corpo, em cada parte do corpo, é dar plena atenção à respiração…É não pensar. Apenas sentir. É dar igualmente atenção ao que se passa fora do corpo: ao espaço em redor, aos objectos, às formas, às cores, aos odores, aos sons, ao silêncio, à temperatura, à luminosidade ou à falta dela, ao toque, aos sabores: é estar completamente desperto,com todos os sentidos alerta. Assim, a mente acalma-se, o fluxo de pensamentos abranda e a paz interior instala-se. E não há limite para o nível de paz que se pode alcançar.
 
Entrar no Agora é aceitar, render-se à vida, deixar a vida fluir em si, através de si e para além de si. É aceitar a mudança, a impermanência como algo constante e perfeito. É largar todas as resistências (= negatividade): medo, ira, revolta, impaciência, angústia, remorso, ansiedade, desespero, ressentimento, depressão…
 
Porém, aceitar, render-se não é sinónimo de resignação. a rendição é completamente compatível com a acção. Do estado pacífico de rendição, isento de qualquer tipo de negatividade, emerge a pergunta acerca do que pode ser feito, de qual a acção positiva adequada à situação existente, que se deseja alterar. Faz-se o que há a fazer, ou apenas o que pode ser feito. Na impossibilidade de se fazer o que quer que seja, a acção é a de uma aceitação, uma rendição mais profunda de plena fé na Vida, no Ser, em Deus, com a focalização intensificada no Agora. Permite-se, assim, que a vida seja o que é dentro e fora de nós. A paz alcançada leva-nos para além da felicidade e infelicidade.
 
 Estar fundeado no Agora é estar em ligação com Deus, que o autor prefere chamar Ser, e que descreve assim: “O Ser é a Vida Única, eterna e sempre presente para além da diversidade de formas de vida sujeitas ao nascimento e à morte. No entanto, o Ser é ao mesmo tempo transcendente e imanente a cada forma, sendo a sua essência mais profunda, invisível e indestrutível. (…) Só o poderá conhecer quando a sua mente estiver aquietada. Quando estiver presente, quando a sua atenção estiver plena e intensamente no Agora, o Ser poderá ser sentido, mas nunca poderá ser compreendido mentalmente.”[4]
 
Eckhart Tolle faz, por isso, a distinção entre “vida” e “situação na vida”, assim: “A sua situação na vida existe no tempo. A sua vida é agora. A sua situação na vida é um produto da mente. A sua vida é real.”[5] A vida está no único momento que existe – no Agora -. Sempre! A situação na vida encontra-se somente no reino da mente, que vagueia entre o passado e o futuro. A vida desenrola-se no sempiterno Agora.  
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[1] Tolle, Eckhart, O Poder do Agora, Lisboa, Editora Pergaminho, 2001, 2ª. Edição, p.53

[2] Tolle, Eckhart, A Prática do Poder do Agora, Cascais, Editora Pergaminho, pp.26 e 27

[3] Tolle, Eckhart, O Poder do Agora, Lisboa, Editora Pergaminho, 2001, 2ª. Edição, p.67

[4] Idem, pp. 32 e 33

[5] Idem, p.79



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