A ESCOLA ESTEREOTIPA OS ALUNOS E FORMA CIDADÃOS PRECONCEITUOSOS
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Estudos culturais comprovam: todo esterótipo leva a alguma forma de preconceito. Criar cidadãos estereotipados tem sido o que a escola faz de menos agradável num mundo onde todos os discursos atacam o etnocentrismo e pregam o respeito. Foram 6 milhões de judeus, 6 milhões de judeus que o etnocentrismo do modelo pedagógico alemão fez com que os alemães matassem!
Tudo isso se inicia no momento que a escola tem que passar um modelo para aquela criança da alfabetização. Sim, eu acredito que sem estereótipo não se constrói nenhum conceito. Mas, também é certo que o uso supérfluo do estereótipo faz com que as pessoas só consigam enxergar aquela imagem que têm na mente como única e correta. A escola brasileira não ensina cultura, de fato, ao aluno. Nessa alvenaria de conhecmento são formados os grandes dogmas das religiões, axiomas culturais, etc. Por exemplo, o fato de achar o camdomblé demoníaco sem imaginar a relação desse conceito com o racismo. O candomblé é africano e, logo como fomos criados numa cultura totalmente europeizada e racista e ouvimos muito isso acerca do candombé, sem refletir abominamos e não respeitamos essa cultura. Para os conservadores que vão estar se mordendo e me xingando ao ler esta postagem, saibam: segundo uma pesquisa recente da biologia não existem diversas raças humanas: a judaica, a negra, a ariana, etc. Só existe uma raça: a raça humana. Esta é única raça que existe entre nós. Os negros são humanos tanto quanto você culturalmente. O candomblé é tão cultural quanto a sua sua religião. Você é que quer se enxergar no espelho por causa do tradicionalismo da escola atrasada do Brasil. O que existem são fenótipos diferentes. Isso não desumniza ninguém, ao contrário: humaniza mais.
A escola não tem feito diferente. O aluno é obrigado a usar uma farda igual a de todos os coleguinhas, a falar uma língua "correta" (conceito que os estudos de sociolinguística derrubam), etc. A escola não explica que tudo na vida é feito de conceitos e, por conseguinte ela não prepara os alunos pros diversos contextos, só prepara para o que ela denomina mais culto, modelo. A escola apenas repete o discurso do capitalismo (sistema que está por trás de todos esses conceitos ideais passados pela escola). O capitalismo quer criar cidadãos que falem a linguagem das classes dominantes mesmo sendo dominados. Por isso que mesmo tendo dinheiro para se inscrever num concurso público as pessoas preferem comprar aquela bolsa, ou aquele boné, ou aquele celular. Isso para ter status numa sociedade desculturada. Esse discurso tem por trás o enunciador classe dominante. As classes dominantes nos vestem todos os dias. A escola repete esse discurso quando segue apenas o modelo imposto pelo capitalismo de linguagem "correta", vestimenta "correta". "Quem não se vestir dessa forma é marginal". A escola cria robôs, por fim, à imagem do Bill Gates ou Steve Jobs.
Daí o preconceito dos jovens. Como, pois , o nosso modelo educacional pode atacar um discurso que ele próprio criou? A escola cria o preconceito ou estimula-o? A escola ensina estereótipos e isso incentiva o preconceito que habita o ser humano. Mas, logicamente, se ela ensina o estereótipo, e ele leva ao preconceito então dela também é esse discurso estereotipado.
Senhores seres humanos, espelho é bom, mas narcisismo é doença!
Senhores educadores: não ensinem os jovens a só olharem em um determinada "imagem da totalidade", fazendo-as acreditar que o mundo só é aquilo. Ensinem a imagem completa, essa grande imagem cultural que é o mundo. Esse é o mais completo aprendizado que existe!
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