A Neve do Almirante
(Alvaro Mutis)
A NEVE DO ALMIRANTE
Estabeleço, sabendo de sua franca inutilidade, algumas regras de vida. É um de meus exercícios preferidos. Faz com que me sinta melhor e assim penso estar pondo em ordem algo dentro de mim.
Velhos resíduos do colégio dos jesuítas que não servem para nada e a nada levam, mas que tem essa condição de benéfico quando sinto as bases abaladas. Vejamos:
Meditar sobre o tempo, passado e futuro.
Cada dia somos outro, mas sempre esquecemos que o mesmo acontece aos nossos semelhantes. Talvez seja isso que os homens chamam de solidão. Ou é assim, ou se trata de uma solene bobagem.
Será que esquecemos boa parte do que nos aconteceu? ou então, será que esta porção do passado não nos serve de semente, de incentivo para partirmos outra vez rumo a um destino que totalmente tínhamos abandonado? Sim, esquecemos. Melhor assim.
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