Bhagavad GITA
(H. RODHEN (trad. e notas))
A Bhagavad Gita, de Krishna, a "Sublime Canção" da Índia remonta ao tempo dos Vedas; apareceu cerca de 5 mil anos antes de Cristo. A tradução feita por H. Rohden está baseada no texto sânscrito e contém notas explicativas com ítens paralelos dos livro sacros do cristianismo.
Inicia com uma nota explicativa sobre a figura da capa - Uma Flor de Lotus oriunda de uma semente que permaneceu no lodo por mais de 50 mil anos, e que foi descoberta no leito seco de um lago da Manchúria. É apresentada como um símbolo da Vida Imortal.
No Prefácio temos um comentário sobre os três principais livros que a humanidade possui: o Bhagavad Gita, o Tao Te King e o Evangelho. O ponto culminante do Bhagavad Gita é a filosofia do reto-agir, que através da renúncia aos resultados burila o seu ser promovendo a auto-realização. Este foi o modelo seguido por Gandhi e outros pensadores como Goethe, Humboldt, Shopenhauer, etc. Gandhi vê no Bhagavad a ilustração da eterna luta entre o ego humano e o seu Eu Divino. Arjuna é o Eu do homem ainda em luta sem plena consciência da sua natureza divina, e Krishna é o Eu Divino plenamente consciente.
Seguem-se 18 capítulos onde o autor apresenta os versículos correspondentes ao tema, acompanhadas de notas explicativas. Principia pelo tema da "Ignorância e Sofrimento de Arjuna" que se vê privado do seu trono e verifica que os usurpadores são seus próprios parentes e se recusa a derrotá-los. Em a "Revelação da Verdade"- o homem livre de todos os desejos torna-se o Senhor de seu destino, enquanto que o homem sem domínio sobre sua mente é como o navio à deriva. Em "Yoga da Ação" - o homem tem a terceira opção entre o Agir e o Não Agir que é o Reto Agir. É o auto-domínio sobre as emoções, controle dos sentidos e governar o coração que leva a superação do mal. Segue a explicação sobre a experiência espiritual mais importante do que o amor e apego ao fruto do seu trabalho que leva a escravização do falso agir: - "Que aproveita ao homem ganhar o mundo e perder a própria alma?" Através do tema "A Sabedoria do Desapego" - Krishna demonstra a Arjuna que a auto-realização consiste em trabalhar intensamente e renunciar a cada momento aos frutos do seu trabalho. Em "Exercício da Meditação" fala da importância do homem esvaziar a mente permitindo a presença em si dos valores maiores irradiados pelos poderes cósmicos ou divinos. A percepção do Alfa e do Ômega, do começo e do fim no Espírito Supremo representam a sabedoria da visão espiritual. Prossegue com a integração na Suprema Divindade, a Santificação Interna (o eu divino é o melhor amigo); das manifestações de Deus no Universo (de Tudo sou o princípio e o fim); a Visão Cósmica de Deus, Do Amor Universal, etc. Lembra que temos três motivos para agir: Verdade, desejo e a obscura ignorância. Encerra com a Yoga da Libertação Total. Bhagavad Gita é um apelo constante ao imperativo de "conhece-te a ti mesmo" pois só assim é possível a libertação, a iluminação e a transfiguração.
Agir corretamente é trabalhar em harmonia com a Lei, sem apego, desinteressadamente, livre de ódio e paixão - e é esse agir nascido da verdade que liberta o homem. Agir é tua missão. Porém, não ambiciones os frutos da tua ação.
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