Resumo de 11 de Setembro - Portal do Espírito

Pergunta No. 36, Data: 25/04/2003 - "Todas as pessoas que morreram no evento de 11 de setembro (New York) estavam predestinadas para morrer naquele dia ou pode ter existido algum caso de fatalidade?

"A dolorosa ocorrência do dia 11 de Setembro de 2001, que causou a morte de milhares de pessoas, traz novamente, de forma mais intensa e angustiosa a pergunta: por quê? por que acontecem essas tragédias coletivas? Outras indagações acorrem à mente: por que alguns foram salvos, desistindo de ir trabalhar naquele dia ou chegando atrasado? Por que alguns foram poupados e outros não? "

A Doutrina Espírita tem as respostas lógicas, profundas e claras que podem explicar, esclarecer e, muito importante, consolar os corações humanos em sofrimento. Para a imensa maioria das pessoas provas coletivas como esta continuam sendo um enigma insolúvel pois desconhecem os mecanismos da Justiça Divina, que traz implícita a lei de causa e efeito.

Diante de tragédias como essa ainda recente, ou como tantas outras de triste memória; frente a esses dramáticos episódios a fé arrefece, torna-se vacilante e é comum surgir a revolta, o desespero, a descrença. Pensa-se que Deus castiga violentamente ou que Ele pouco se importa com os sofrimentos da Humanidade. Chega a comparar-se o Criador a um pai terreno e, nesse confronto, o pai terreno sair ganhando por zelar pelos seus filhos e querer o melhor para eles, enquanto que Deus...

Allan Kardec (O Codificador do Espiritismo) interrogou os Espíritos Superiores quanto às provas coletivas, no item intitulado Flagelos Destruidores, conforme vemos em "O Livro dos Espíritos", nas questões 737 a 741, recomendado a quem quiser maiores esclarecimentos. Nos últimos tempos a Espiritualidade Amiga tem-se preocupado em explanar a respeito das provações coletivas; como a tragédia do circo em Niterói. Ocorrida a 17 de dezembro de 1961. Outra tragédia também mereceu dos Benfeitores Espirituais vários esclarecimentos. O incêndio do Edifício Joelma, em São Paulo, ocorrido a lº de fevereiro de 1974.

O médium Francisco Cândido Xavier, através da psicografia traz o pensamento de Espíritos sábios e poetas do Mundo Espiritual. Consta do livro "Diálogo dos Vivos" explicações a seguir: "Deus não castiga ninguém. Admitindo que já vivemos antes, fica mais fácil compreender. Não ensinou o Cristo que quem com ferro fere, com ferro será ferido? Que todo homem será punido naquilo em que pecar?"

Raciocínio puramente cristão, quem, em grupos, maltratou o próximo não teria que pagar em conjunto? Está aí o chamado carma coletivo. Toda ação que o homem pratica, boa ou má, recebe de volta. O passado de cada um determina o seu presente, nenhum favoritismo, predestinação ou arbítrio divino. O homem é o árbitro do seu destino, subordinado ao determinismo cósmico. Essencialmente complacente e progressivo, transcende o espaço e o tempo. Em provação coletiva, mortes, em situações iguais, é a convocação dos espíritos encarnados, participantes do mesmo débito relacionado ao passado de ignomínias.

A história da civilização é recheada de relato de crimes, violências e absurdos e lá estivemos nós,juntos, aprontando. As Cruzadas, a inquisição, as injustiças de todas as guerras. Para se livrar das dívidas, é necessário quitá-las. Quem não deve não tem o que pagar. É por essa razão que muitos perdem a aeronave que se acidentaria dali a pouco, enquanto outros nela viajam de última hora, inesperadamente. É assim que quem escapou não fazia parte do grupo de devedores. Como o espírito é imortal, ao sair do corpo, ele parte para novas experienciaciações, no aprendizado em direção à felicidade verdadeira e definitiva.

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