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O Rio da Dúvida
(Candice Millard)

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O ano é de 1912, o Madison Square Garden está cheio para o último grande comício da campanha presidencial do Partido Progressista, o Partido do Alce, sua primeira eleição nacional.
Naquela noite, oito anos depois, quebrando a promessa de não mais concorrer a candidatura, após o segundo mandato,Theodore Roosevelt discursava com o braço imóvel por causa de um tiro que levou no peito, dado por John Scrank, um garçon de bar, em Milwaukee, Winsconsin - o capote militar, um manuscrito dobrado e um estojo metálico de óculos no bolso direito, contribuíram para a sua sobrevivência.
Abandonou o Partido Republicano e agora disputava como progressista, recebendo muitas críticas.Contudo, carismático, marca principal da sua incomum personalidade, manteve uma legião de seguidores fiéis, sendo considerado um adversário perigoso para Woodrow Wilson, candidato democrata, e, também para William Howard Taft, sucessor de Roosevelt quatro antes.
Em 5 de novembro de 1912, dia da eleição, Wilson Woodrow obteve a vitória, deixando para trás Roosevelt e Taft.
A derrota esmagadora de Roosevelt teve como resultado a ascensão do Partido Republicano no controle da nação, após afirmação dada pelo Philadelphia Inquirer. Agora era visto como persona non grata, por ser considerado um "traidor de sua classe", responsável por colocar um democrata na Casa Branca.
Derrotado, renegado, esquecido, Roosevelt sem muita opção, recolhe-se em Sigmore Hill.
Em 1913, Roosevelt é convidado para uma conferência que reuniria "homens e idéias", e Emilio Frers, presidente do Museo Social de Buenos Aires, "estava determinado a convencê-lo".
Era a oportunidade que o ex-presidente teria de rever seu filho Kermit, formado em Harvard, atual funcionário da Brazil RailwayCompany (Companhia Ferroviária do Brasil), num período considerado "remoto, misterioso e perigoso", um jovem de 23 anos, disciplinado, atlético, apaixonado tanto quanto o pai por aventuras desafiadoras. Época da construção da Madeira-Mamoré, ferrovia que adentrava 3 mil quilômetros ao longo dos rios Madeira e Mamoré, projetada com o objetivo específico de transportar a seiva da seringueira do interior da Amazônia até a costa, rumando para os mercados estrangeiros.
Atraído pela aventura, pelo inexplorado, pelo desconhecido aceitou o convite, despertando o naturalista experiente e mais bem informado, que, ainda jovem, fundou, juntamente com os dois primos, o Museu Roosevelt de História Natural.
Em dezembro de 1913, o coronel Cândido Rondon, matogrossense, sobrevivente da Guerra da Tríplice Aliança em 1865, ano de seu nascimento, da varíola, doença que aniquilou mais 6 mil pessoas em 1867, faria deste homem de 1, 60m de altura, disciplinado, um bravo. No convés do Nyoac, aguardava ansioso a chegada de Theodore Roosevelt, a bordo do Adolfo Riquielme, canhoneira do presidente paraguaio ao seu encontro.
Quase dois meses na América do Sul, após encerrar suas obrigações oficiais, chegara a hora de dedicar-se integralmente à expedição ao interior da Amazônia que exigiria, no mínimo, dois meses para chegar ao Rio da Dúvida, descoberto em 1909 pelo coronel Rondon numa de suas assombrosas expedições. Um rio estranho e retorcido.
Denominada Expedição Científica Roosevelt-Rondon, pôs lado-a-lado Brasil e EUA, que tinha como objetivo central mapear o Rio da Dúvida, coletar espécimes da flora e da fauna da região, e, possível contato com os índios, além de fincar postes telegráficos, expandindo a rede de comunicação para os mais remotos lugares do Brasil. Tarefa há anos executada pelo coronel Candido Rondon, juntamente com seus homens.
Esta expedição foi patrocinada pelo American Museum of Natural History. Acompanharam a Theodore Roosevelt, nesta expedição, George Cherrie, ornitólogo e explorador, e, Leo Miller, cientista do museu, à convite de Frank Chapman, curador do setor de pássaros do American Museum, e Henry Fairfield Osborn, presidente do museu.
Na tarde de abril de 1914 a expedição chega as margens do rio Aripuanã, depois de meses de frio, fome, doenças, mortes internas do grupo, o ex-presidente Roosevelt deitado sob uma tenda, com os braços trêmulos, os bravos desta expedição são acolhidos pelo tenente Pyrineus juntamente com os homens do grupo de socorro.
O Rio da Duvida, com quase 1600 km de distância, é rebatizado com o nome de Rio Roosevelt em sua homenagem.

Candice MIllard, autora de O Rio da Dúvida, após intensa pesquisa, com base em relatórios científicos, diários, cartas, jornais da época, relata o dia-a-dia dessa espetacular aventura, resultando numa narrativa envolvente, destacando os contrastes culturais entre brasileiros e norte-americanos, e a difícil convivência, além de evidenciar a forte amizade e admiração construída por dois homens extraordinários: Roosevelt e Rondon.



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