BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Hanseníase no Maranhão
(vitoriars)

Publicidade
A hanseníase tem seus registros no estado do Maranhão por volta do período colonial, contudo somente no final do século XIX houve maior interesse da classe médica maranehnse pela doença e o seu registro, com uma publicação em 1886 de folhetim intitulado “A lepra em Anajutuba” por Nina Rodrigues.
Em 1918, o doutor Marcellino Rodrigues Machado faz o registro dos casos com maioria nas zonas da baixada maranhense, a cidade de Caxias constava com cem casos, de acordo com o levantamento um foco intenso da doença, passado alguns foi publicado artigo intitulado “O problema da lepra no Maranhão” pelo médico Amaral Mattos com registro de 1300 doentes no estado.
No período supracitado não havia políticas públicas voltadas para a patologia assim como cura, os portadores da lepra ou mal-de-lázaro como eram conhecidos, tornavam-se andarilhos vagando pelas cidades enfrentando o preconceito pela doença; historicamente o os registros falam de asilos construídos em alguns lugares como Hospital dos Lázaros do Rio de Janeiro, destinados teoricamente ao cuidado com os ditos leprosos na época, mas que serviam em sua realidade como local para distanciar os clientes da sociedade.
 
Os clientes com melhor condição social se encontravam em casa contando com a descrição dos médicos, utilizando para tratamento o óleo de chalmugra, terapêutico com alguma resolutividade na época, para os demais existia em São Luís uma instituição conhecida como Gavião, oficialmente Hospital do Gavião ou Asilo do Gavião; localizado em confronto  na parte posterior com o Cemitério do Gavião e ficava próximo ao matadouro municipal tinha como finalidade concentrar os doentes de hanseníase proibidos de circular pela cidade por autoridades policiais, o asilo por várias vezes esteve nas capas dos jornais seja pela apelação a caridade pública ou denúncias frente a alimentação estragada destinada aos usuários como pela possibilidade de animais criados de forma ilegal o abrigo serem disseminadores da moléstia pela capital maranhense.
 
Por volta de 1930, o doutor Achilles Lisboa começa  a propagação da idéia do contágio por todo o Maranhão enfatizando a necessidade de manter a população longe dos hansenianos, chegando a sugerir o isolamento e não entrada destes em cafés, meios de transporte e demais lugares da vida cotidiana; suas idéias giravam em conformidade com a política adotada na época pelo então presidente Getulio Vargas que em 1935, aprova o Plano Nacional de Profilaxia da Lepra, passando a construção das colônias agrícolas como forma de garantir uma mão-de-obra sadia para o mundo do trabalho da época. No Maranhão, entre 1932 e 1937, ocorre o lançamento da pedra fundamental e inauguração da Colônia do Bonfim, além desta estavam previstas a construção de uma colônia em Caxias e Anajatuba que não saíram do papel.
O Bonfim era composto de moradias formando uma microcidade com 72 casas,enfermaria com quarenta leitos, cozinha, lavanderia a vapor, refeitório, dispensário geral ( sala de operações, curativos e farmácia), posto de enfermagem, capela para doentes, casa de detenção na área infectada e não infectada a administração, posto policial, residência médica e capelão, de acordo com as autoridades o abrigo teria capacidade de abrigar trezentos doentes.
Através da história do cuidado com esse cliente entende-se o preconceito sofrido até os dias atuais pelos que apresentam tal patologia e assim seu contexto social conturbando seu tratamento.



Resumos Relacionados


- Qual A Doença Conhecida à Mais Tempo

- Tudo Sobre A Doença Hanseníase Ou Lepra Como Era Conhecida Antigamente

- A Doença Mais Antiga Do Mundo.

- Cidade Dos Esquecidos

- Diario Do Nordeste



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia