O CERVO DO CAMPO E SEU FILHOTE - fábulas
(ESOPO)
Todos os Bambis dos campos estremecem ao sentirem sua vida em perigo. Isso, que nós saibamos, é instinto de defesa. Mas, ouçamos a fábula. O filhote interroga: “Pai! Com toda essa força, chifres cortantes, músculos poderosos, por que o senhor corre em vez de combater?” Risos trêmulos e voz indecisa, o Veado responde: “Nem eu sei! É só ouvir o latido dos cães e eu disparo a correr!” Moral – Para os covardes não há argumentos que lhes mudem o comportamento. Assim concluem os contadores e retradutores. REVISÃO – É bastante coerente dentro da fábula o que Esopo queria ensinar. Covardia é um medo irracional que vem das sombras, entra na mente e põe em fuga quem se sente em perigo, mesmo sem saber por que. E é esse aspecto da ignorância que está em relevo na resposta do Cervo a seu filhote, pois é como ele começa para tentar explicar. É assim que começa a motivação para aprender. Saber que não sabemos é o início da Sabedoria. No passo seguinte vamos entender que é necessário refletir e perceber que há sugestões obscuras que determinam nossos comportamentos. E, por fim entenderemos que podemos enfrentar os fatos e superar nossos medos. Se os filhotes continuarem com a pergunta, acordarão... Depois disso, esperamos que as Sombras é que sejam postas a correr! Certo?
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