Alto retorno e baixo risco da eficiência energética
(Robson Andrade – Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais)
Em épocas anteriores o debate sobre as questões energéticas era pautado principalmente pela elevação do preço do petróleo. Hoje, os problemas ambientais e em especial o do aquecimento global, reforçam as discussões em torno da oferta de energia através dos combustíveis fósseis, gerando preocupações quanto à garantia do suprimento da energia elétrica necessária para o desenvolvimento econômico do Brasil. Neste cenário, a eficiência energética se apresenta como uma das melhores alternativas a curto prazo para se evitar os riscos de apagões, segundo a maioria dos especialistas em energia.
Todavia ainda há barreiras, segundo o Banco Mundial, que limitam a adoção de medidas de eficientização energética, quais sejam, a falta de acesso às informações tecnológicas e às economias resultantes destas medidas e a falta de recursos próprios para as firmas financiarem os projetos.
O intrigante nisto, segundo o autor, é que relatórios de consultores da área apontam possibilidades de taxas de retorno da ordem de 10% a 17% dos investimentos em eficientização energética, acompanhados de baixo risco devido à reduzida incerteza de sucesso na redução do consumo de energia projetado.
Estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) aponta que as perdas elétricas no Brasil são da ordem de 16%, muito maiores que as da Europa e Estados Unidos, respectivamente 6,5% e 8%. Este mesmo estudo apresenta várias propostas para incentivar os programas de conservação de energia no Brasil, destacando-se a ampliação dos financiamentos dos programas de eficientização energética no Brasil, com taxas e prazos mais apropriados, possibilitando a troca de equipamentos e de sistemas de iluminação de maior eficiência energética.
Além dos benefícios ambientais, a melhoria da eficiência energética contribui para o menor consumo de energia por unidade de produto aumentando assim a competitividade das empresas e contribuindo para o desenvolvimento econômico do país.A agenda política industrial deve incluir um agressivo programa nacional de eficientização energética
Resumos Relacionados
- O Nó Energético Global
- Agroenergia Para O Futuro
- Fontes Alternativas
- Casas Dos Anos 70 E 90 São As Menos Eficientes
- A Crise é O Melhor Momento
|
|