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O LEITOR
(ANTOINE COMPAGNON)

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O quarto capítulo da Obra “O demônio da Teoria: literatura e senso comum” de Antoine Compagnon, intulado “O leitor” está subdividido em nove pontos: A leitura fora do jogo; A resistência do leitor; Recepção e influência; O leitor implícito; A obra aberta; O horizonte de expectativa (fantasma); O gênero como modelo de leitura; A leitura sem amarras e Depois do leitor.
Embasado no triângulo M. H. Abrams o qual contém o mundo, o leitor, o autor e a  obra contida no centro do triângulo. Sendo representada a obra na abordagem formal,   o autor na abordagem expressiva, o mundo na abordagem mimética, e o leitor na  abordagem pragmática.
Compagnon propõe duas teses radicais: Intenção e a Referência e utiliza como procedimentos, opô-las, criticá-las e encontrar uma saída para a terceira alternativa.
No tópico a leitura fora do jogo, ele encontra a oposição  entre IMPRESSIONISMO X POSITIVISMO no fim do século XIX e afirma que a desconfiança em relação ao leitor foi compartilhada nos estudos literários pelo: Positivismo, Formalismo, New Criticism e Estruturalismo.
No tópico A resistência ao leitor:  Lanson – Positivista – ficou abalado com os argumentos de Proust – a favor da leitura – In: “Jornadas de leitura” – prefácio a sua tradução de Sésame et les Lys [Sésame e os Lírios] de Ruskin. A posição de Proust foi tida como herética.
Na esteira de Proust e da fenomenologia, são numerosas as abordagens teóricas que revalorizam  as primeiras e leituras seguintes, tais quais: Estética da recepção com Iser e Jauss; TEORIA DO EFEITO DE LEITURA – Reader-response Theory, com Fish e Eco; além do que  Barthes se aproximou um pouco do leitor em S/Z – código que ele denomina de hermenêutico onde cabe ao leitor desvendar o texto.
Na abordagem da Recepção e influência, põe que  a História literária – não ignorava tudo na recepção; e quando se queria ridicularizar o lansonismo acusave-se o fetichismo das “fontes” e a pesquisa obcecada das “influências”, neste caso o da produção da literatura, com a mediação do autor – uma influência era uma fonte. Considerava a recepção sob a forma de uma obra que dava origem à escritura de outras obras. Os leitores só eram considerados quando se tornavam outros autores, construindo-se a noção de “destino de um escritor” – que é um destino literário.
Historiadores da escola dos Annales [Anais]: graças a eles a leitura passou a ocupar o primeiro plano nos trabalhos históricos enquanto instituição social. Com o nome de estudos da recepção não se pensou na tradicional atenção da história literária, nem nos problemas de destino e influência no setor da nova história social e cultural. Eles pensaram na análise restrita da leitura como reação individual ou coletiva ao texto literário.
N’O leitor implícito, ss estudos da recepção, como dizia Valéry, fiéis à antiga distinção entre poiesis/aisthèsis, produção/consumo, interessaram-se pela maneira como obra afeta o leitor, ao mesmo tempo passivo e ativo. Os trabalhos desse gênero se repartem em duas categorias: 1) Fenomenologia – ato individual de leitura; 2) Hermenêutica  - da resposta pública ao texto, tinham como Ponto comum o Objeto literário.
N’A obra aberta, sob a aparência do mais tolerante liberalismo, o leitor implícito, só tem como escolha obedecer às instruções do autor implícito, pois é o alter ego ou substituto dele,  ou seja, o leitor real desempenha o papel descrito para ele pelo leitor implícito, ou recusa as instruções e fecha o livro.
Nesse ponto, ISER reconhece que as leituras podem ser diversas, mas que identifica imposições no texto, sendo menos radical que ECO para quem toda obra de arte é um leque ilimitado de leituras possíveis, ou de Michael Charles para quem a obra atual não tem maior peso do que a infinidade das obras que sua leitura sugere.
N’O horizonte de expectativa, a estética da recepção na primeira vertente ligada à fenomenologia, interessada no leitor individual e representada por ISER; na segunda interessada na leitura coletiva, representada por JAUSS – que pretendia, renovar a história literária tradicional, condenada pela dedicação ao autor, enfatizando a LEITURA.
No tópico o gênero como modelo de leitura, Compagnon a teoria dos gêneros é dos ramos mais bem desenvolvidos e dignos de confiança e que é um dos princípios evidentes da generalização entre as obras individuais e univesais da literatura, sendo A Poética de Aristóteles um esboço dessa teoria.
N’A leitura sem amarras, o leitor implícito de ISER se definia como um compromisso entre o senso comum e a teoria literária e seus textos ideais estavam a meio caminho do realismo e da vanguarda.
E em Depois do leitor, observa-se a distinção AUTOR/LEITOR/TEXTO friável em ECO ou Barthes e que foi descatarda por FISH em nome da COMUNIDADE INTERPRETATIVA, porque a experiência  da leitura é dual.



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