Suicidar-se, Nunca!
(Orson Peter Carrara)
Reflexão sobre o suicídio: Todas as pessoas já têm visto a ocorrência triste e dramática daqueles que se lançam ao suicídio, das mais variadas formas. A idéia infeliz aparece, é alimentada pelo agravamento dos problemas da vida cotidiana e concretiza-se no ato infeliz do auto-extermínio.
Perante possíveis angústias e estados depressivos, o remédio é a calma, a paciência e a confiança na vida, que sempre nos reserva o melhor ou aquilo que temos necessidade de enfrentar para aprender. Suicídios e atos insanos, precipitados, são levados a efeito, devido ao desespero que se apossa de muitas pessoas que não conseguem enxergar os benefícios que as cercam, da Providência Divina.
É oportuno ressaltar que tais estados de alma, de desalento, de angústias, de atribulações de toda espécie, não são casos isolados. São integrantes da vida humana. Milhões de pessoas, em todo mundo, lutam com esses enigmas como estudantes que quebram a cabeça tentando resolver exercícios de física ou matemática. Porém até uma criança sabe que nenhum problema se resolverá rasgando o caderno e fugindo da escola. Destruir o próprio corpo, a própria vida, não soluciona nada, pelo contrário, é uma idéia absurda que trará maiores sofrimentos.
Devemos ver os problemas que nos atingem, como autênticos desafios de aprendizado, nunca como castigos ou questões insuperáveis. Tudo tem solução, ainda que difícil ou demorada. Precisamos sempre resistir aos embates com muita coragem e determinação. Viver é algo extraordinário. Tudo, mas tudo mesmo, passa. Não se entregue ao desespero. Há razões de sobra para sorrir, rir e viver...!
A pessoa que precipita-se na ilusão da morte pelo suicídio comete um dos maiores equívocos humanos, para não dizer o maior. Em verdade ninguém consegue auto-exterminar-se. E o suicídio agrava as dificuldades porque aí a pessoa sente o corpo inanimado, cuja decomposição sofre com os horrores próprios, massacrada pelo arrependimento, remorso, sem possibilidade de reverter a situação. Em meio a dores morais intensas, com as sensações físicas próprias, sentindo ainda a angústia dos seres queridos que com ele conviviam, o suicida torna-se um indigente do além.
São apenas conseqüências do ato extremo, nunca castigo. Isso por uma razão muito simples: não somos o corpo, estamos no corpo. Somos espíritos reencarnados, imortais. E a vida nunca cessa, ela continua, pois, seu objetivo é o aprimoramento moral e intelectual de todos os filhos de Deus. Suicidar-se é ilusão. Os desafios existenciais surgem para promoção do progresso, convidando à conquista de virtudes e o desenvolvimento da inteligência. A oportunidade de viver e aprender é muito rica para ser desprezada. E quando alguém se suicida, surgem conseqüências naturais: o sofrimento físico, pela auto-agressão e o sofrimento moral do arrependimento e da perda de oportunidades.
O Espiritismo nos informa e ensina a respeito com muita propriedade. São os próprios espíritos que já descreveram o estado que se encontram depois da morte. Entre eles, há os suicidas que descrevem os sofrimentos físicos e morais que experimentam. A vida, sendo patrimônio concedido por Deus, interrompida por vontade própria é transgressão à sua Lei de Amor. Para os suicídios há atenuantes e agravantes, mas sempre com consequências dolorosas e necessita longo tempo de recuperação.
Deus, que é Pai bondoso e misericordioso, jamais abandona seus filhos e concede-lhes sempre novas oportunidades. A reencarnação é um caminho reparador, em existências difíceis que apresentam os sintomas e aparências do ato extremo do suicídio. Que pensemos nos familiares, cônjuges, pais e filhos, na dor que experimentam diante do suicídio do ser amado. Que pensemos no arrependimento inevitável que virá. Ponderemos no desprezo endereçado à vida. Busquemos na confiança em Deus, na coragem, na prece sincera, nos amigos (em especial a Jesus), a força necessária para vencer quaisquer idéias suicidas. Vivamos intensamente! Com alegria! Que não nos deixemos abater pela dificuldade, nem pela enfermidade, nem pela carência material. Confiemos em Deus e prossigamos!
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