BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


2001: Uma Odisséia no Espaço
()

Publicidade
    Em 1968 o visionário e ousado diretor de cinema Stanley Kubrick e o escritor Arthur C. Clarke apresentaram ao mundo o filme 2001: a Space Odyssey, pouco compreendido em sua época, como relatam alguns críticos, pela sua narrativa predominantemente visual  (pouco mais de quarenta minutos de diálogo em mais de duas horas de filme) e pela subjetividade de interpretações às quais o espectador é levado.
    O enredo inicia com uma visita ao passado mais remoto da humanidade, quando, segundo Darvin e a teroria evolucionista, o homem não passava de um primata, selvagem e ainda pouco racional, lutando para sobreviver em uma terra árida e hostil, até algo modificar os rumos de um determinado bando, quando, ao saírem pela manhã da caverna onde passavam a noite, deparam-se com um grande monolito negro enterrado em frente à “porta”. Pouco tempo depois os efeitos da aparição do inexplicável objeto começam a manifestar-se, despertando neles o homo sapiens e sua odisséia sobre a terra.
    Do manejo do osso como ferramentas e arma à conquista espacial, o filme da um salto temporal de três milhões de anos e leva o espectador à viagem do dr. Heywood Floyd até a base lunar (note que o filme foi lançado um ano antes da expedição estadunidense à Lua), onde curiosamente foi encontrado semelhante monolito enterrado, com estimadamente três milhões de anos; o que no passado fora deixado em frente à “porta” de uma caverna, agora se encontrava diante da “porta” do planeta Terra. Novamente a humanidade é colocada diante do misterioso objeto que outrora lhe fizera, de uma forma ou de outra, chegar onde estava; um novo salto seria dado? Parece que sim. O monólito parecia estar ligado, por ondas de radiação, a Júpiter. A questão logo se torna obvia: seriamos nós, seres humanos, obra de intervenções extraterrenas? A pergunta não é imediatamente respondida, mas a subjetividade da narrativa de Kubrick abre um leque de inúmeras possibilidades de interpretações, como, por exemplo, em uma das últimas cenas do filme, quando o astronauta Dave Bowman, único sobrevivente da missão enviada à Júpiter, vê-se velho deitado aos pés do monólito com a mão estendida em direção a ele: esta cena pode ser uma sutil referência ao afresco de Michelangelo A Criação de Adão, em que este estende a mão em direção a Deus depois de feito a sua imagem e semelhança. Deus, extraterrestres, inteligências superiores, 2001 não responde a nenhuma destas questões, muito pelo contrário, incita mais inquietação e dúvidas sobre o tema.
    Dezoito meses após terem encontrado o objeto negro na Lua, parte em direção a Júpiter uma missão com seis tripulantes: três cientistas, dois astronautas, Frank Poole e Dave Bowman, e o computador HAL 9000, a inteligência artificial (IA) responsável pelo controle da missão da nave Discovery. A função de Dave e Frank restringia-se simplesmente servir de ferramentas de manutenção para a nave, pois nem ao menos conheciam o objetivo real da missão. Da descoberta de ferramentas à três milhões de anos até tornarem-se simples ferramentas das máquinas criadas pelo próprio homem: este foi o salto evolutivo da raça humana?
    O tripulante mais humano da missão era sem duvida HAL, que fazia questão de debater com os astronautas assuntos como medo, vaidade, dúvida, sentimentos que a máquina agora sabia simular (ou verdadeiramente sentir) melhor que o próprio homem. HAL estava no controle da missão, e não queria dividí-lo com os demais. A mais humana das máquinas já criadas até então tomara para si emoções e sentimentos esquecidos pelo ser humano em seu processo evolutivo. O homem tornara-se máquina, e HAL tornara-se alguém. Quando Dave e Frank descobrem que HAL supostamente havia errado o diagnóstico de um problema no sistema de comunicação da nave eles se dão conta de que podem estar sendo traídos pelo computador, que tinha a responsabilidade de levá-los seguros até Júpiter e permitir-lhes retornar á Terra. HAL, sentindo ameaçados seus planos, mata, como um animal acuado, primeiro os cientistas que estavam em estado de hibernação desligando suas cápsulas de sobrevivência, depois Frank arremessando-o no espaço. Começa então a luta de Dave contra HAL pela sobrevivência, e no final da batalha, assim como Dave, HAL demonstra seu medo perante a morte enquanto o astronauta desliga uma a uma as unidades de processamento e memória de sua IA. HAL, a máquina humana, morre; Dave, o homem mecanizado pela própria evolução de sua espécie, sobrevive para encontrar o Grande Irmão, o monólito maior que de Júpiter comunicava-se com os demais encontrados na Terra e na Lua, e mais uma vez, o homem, agora representado por Dave, da um passo na sua evolução, renascendo como um novo ser, um bebê-estrela, um homem que se liberta do tempo e do espaço.
            Uma grande experiência visual, assim são os grandes clássico de Kubrick, e estas experimentações sensoriais com as quais o diretor narra suas histórias iniciou-se com 2001: A Space Odyssey, um filme extremamente experimental, um balé épico, lento e surreal.



Resumos Relacionados


- 2001-- Uma Odisséia No Espaço

- Eu & Você, Nós Para Sempre

- 2001, Odisseia No Espaço

- Hal 9000 - O Computador De 2001, Uma Odisséia No Espaço

- O Grande Dave - Uma Comedia Ficticia Que Oferece Muitas Gargalhadas



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia