Teoria Da Crise E Prevenção Específica
(Simon Ryad)
Segundo Caplan, a crise é uma perturbação da homeostase (equilíbrio) por um problema, gerando estímulos solucionadores exagerados. Havendo solução, novos padrões podem ser incorporados às forças homeostáticas. A diferença entre funcionamento crítico ou equilibrado é uma questão de tempo de observação do objeto. Em parte habilidade de produzir uma solução eficaz reside na utilização de mecanismos que podem ser ?pedagogicamente? ensinados. Já Simon Ryad discorda de Caplan quanto a diferenciação entre funcionamento crítico ou equilibrado. Na crise o indivíduo percebe a situação como algo novo e vitalmente transformador. Após a solução da crise, algo novo surge na e da experiência humana, fruto de nossa própria natureza criativa. Assim, não se ensina a ?habilidade eficaz para resolver problemas?, pois isto advém da habilidade de lidar com o inesperado, isto é, da criatividade, sendo que soluções pedagógicas transformam o sujeito num copiador de pseudo-soluções que teme suportar a angústia e enfrentar a vida, desenvolvendo uma adaptação postiça a realidade. Na prevenção, ao invés de ?alguém que sabe? ensinar soluções, discutir-se-ia as experiências emocionais, inclusive buscando o significado das mesmas, sem planos, sem alguém que ?sabe?, mesmo que o grupo force esta liderança para o terapeuta e dela desfrute segurança. O autoconhecimento é algo adquirido apenas mediante experiência humana emocionalmente significativa, tendo pouco a pouco mais segurança e confiança em si mesmo. Propõe então a idéia de Crises por Perda e Crises por Aquisição, no conceito de que crise seria a redução ou a ampliação significativa do universo pessoal. Os sentimentos comuns: Crises por perda ? culpa e depressão (auto-recriminações e arrependimentos). Crises por aquisição ? insegurança, inferioridade e inadequação. Nas crises por perda incluem-se os riscos de auto-agressão e projeção de culpa. Os bjetivos da prevenção são aceitar a perda, reinteressar-se pelo universo pessoal, lidar com sentimentos predominantes e evitar riscos. Já nas crises por aquisição os riscos são de fuga (direta ou indireta) e de admitir mais do que pode. Os objetivos da prevenção são aceitar ou renunciar o ganho realisticamente, lidar com sentimentos predominantes e evitar riscos. Quando a crise está em andamento utiliza-se a prevenção passiva, e quando a crise está para começar ou apenas em seu início utiliza-se a prevenção ativa.
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