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Tolerância sexual, étnica, religiosa e social
(Revista Veja)

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As fotos de vários adolescentes que se declaram homossexuais abertamente são emblemáticas do conteúdo dessa matéria especial da revista Veja (edição 2164 / 12 de maio de 2010) sobre como está cada vez mais aceitável (mas não sem tensões iniciais), no que os autores da matéria chamam de “tribunal familiar”, dizer a frase "Eu sou gay". Em que pese só aparecerem fotos de adolescentes de classe média e alta, além de belos e belas no padrão da contemporaneidade, a revista mostra lucidez ao reconhecer que a orientação sexual pode ainda demorar muito a ser tomada como algo natural e sem traumas. Mas o modo de encarar a homossexualidade por adolescentes e jovens brasileiros é que avança mais rapidamente. Chega-se a ter a realidade em que, em grupos de jovens em escolas e condomínios, nada é mais fora de moda do que demonstrar preconceito contra indivíduos de raças, religiões ou orientações sexuais distintas. E essa transformação não se faz mais com militância explícita ou com os esconderijos das boates GLS. A identidade homossexual está se construindo cada vez mais no palco mesmo da vida em sociedade considerada “normal” e cotidiana.O subtítulo da matéria coloca essa mudança entre os jovens como uma lição para os adultos, mas esquece que houve gerações anteriores que muito lutaram por questões de tolerância e aceitação. Na arena cultural, as mudanças não se processam do nada. São sempre frutos de práticas sociais que se concretizam no horizonte da história em prática. Para ilustrar ainda mais essa rápida transformação na mídia e no campo dos símbolos culturais, a revista estampa as fotos de três celebridades que resolveram tornar público recentemente sua condição homossexual: a cantora gospel Jennifer Knapp, o jogador de rúgbi galês Gareth Thomas e o cantor Ricky Martin. A matéria também comenta as lentas transformações a esse respeito nas Forças Armadas brasileiras, as reações dos familiares à “notícia” de que algum membro da família é gay assumido, certa fundamentação teórica para explicar o fenômeno do aumento da aceitação social, com destaque para as questões de identidade grupal ( não há mais razão para se fixar em um grupo no qual apenas entram os gays ou os negros, pois as identidades são plurais) e as repercussões no mundo escolar e na mídia cinematográfica. Retirar a pecha de negatividade e patologia da condição homossexual é uma das grandes conquistas da sociedade contemporânea ocidental. É “claro” que não vivemos em um mar de “rosas”, mas a leitura dessa matéria da Veja é uma boa indicação para todos os agentes sociais.



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