Chocado... Mas utopicamente otimista!
(Luiz Carlos Fernandes Navarro)
Chocado! Acho que esta é a palavra mais adequada para explicar a minha reação, súbita, ao flagrar um passarinho – “A vossa majestade o sabiá” – não sou um taxonomista, mas com muita segurança de acerto posso classificá-lo como sendo uma vítima contaminada pela urbanização desgovernada das cidades brasileiras e, até do mundo. Cheguei a esta triste conclusão motivado pela atitude inatural e esquisita adotada pela ave, praticando um filicídio, empurrava o ovo pra fora do seu ninho, até que o mesmo caísse e se espatifasse no chão, bem na minha frente, esparramando as partes embrionárias do seu filhote para todos os lados, o bico, as asinhas, as patinhas e outras inidentificáveis. Após alguns segundos de observação inquiridora, continuei a minha caminhada matinal, a partir de então com a mente atormentada por aquela cena, estimulando a reflexão no restante do meu percurso.Ao chegar em casa comecei a prosear comigo mesmo e a rascunhar – os conteúdos genitivos e emergidos da minha reflexão – originando o texto que compartilho agora com o leitor, num dedinho de prosa.Talvez a cena que testemunhei, seja testemunhada por milhares de pessoas ao redor do mundo, e com protagonistas de maior interesse para a biodiversidade e a biociência, porém não são estes atores que quero destacar, apesar de serem cruciais para a nossa existência e das gerações futuras. O meu objetivo é levá-lo comigo numa viagem perscrutando os atores, protagonistas e coadjuvantes, da divina comédia disputando vorazmente um lugar ao sol para transmitir e perpetuar os próprios genes. A cena começa, na aurora da hominalidade, numa disputa insana com o próprio meio ambiente, eliminando seus habitantes mais inadaptáveis (nós mesmos). O senso de limite de território, aos poucos, é desprezado e os conquistadores expandem até onde a “fraqueza” dos “conquistados” cedem, e os mais adaptáveis dominam e se multiplicam aos bilhões, estes dominadores são os raptores da progressão da sociabilização. Com os pés na era pós-modernidade, classificados como Homo sapiens sapiens, os sapientes, os atores do atual cenário globalizado e, ao mesmo tempo fragmentado em governanças e desgovernanças, G7, emergentes e de terceiro mundo. Superado o belo e a estética, persegue-se a sustentabilidade responsável e a educação ética é realidade.Numa incursão ao futuro, alcançamos a era humana, na qual encontramos o Homo sapiens sapiens sapiente, perseguindo de forma sistêmica e holística a auto-humanização.
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