O IMPACTO DO (BOM) HUMOR SOBRE O ESTRESSE E A SAÚDE
(Ballone GJ)
Há alguns anos, afirmar que existia uma vinculação direta entre o humor e a boa saúde era quase uma heresia para a ciência. Afortunadamente, parece que hoje, salvo infelizes exceções, já não existe dúvida nenhuma sobre a relação que existe entre o estresse, seja ele físico ou emocional, e a saúde orgânica, incluindo o funcionamento do sistema imunológico e o desenvolvimento de alguns tipos de câncer. As investigações sobre as contribuições do bom humor para a saúde são mais recentes e menos numerosas que os estudos sobre os efeitos danosos da tristeza, da angústia e da raiva. Os efeitos do bom humor sobre a saúde física são tão evidentes que uma boa e sincera risada pode ter a importância de uma sessão de ginástica. Abaixo, as características da personalidade com traços compatíveis com o mau humor:01. Tendência para procurar atingir metas não bem definidas ou muito altas;02. Acentuada impulsão para competir;03. Desejo contínuo de ser reconhecido e de progredir;04. Envolvimento em múltiplas funções;05. Falta de tempo para terminar alguns empreendimentos;06. Preocupação física e mental;07. Incapacidade de relaxamento satisfatório, mesmo em épocas de folga;08. Insatisfação crônica com as realizações;09. Grau de ambição está sempre acima do que obtém;10. Movimentos rápidos do corpo;11. Tensão facial;12. Entonação emotiva e explosiva na conversação normal;13. Mãos e dentes quase sempre apertados.Além disso, este padrão comportamental parece ser um complexo ação/emoção caracterizado por uma luta contínua, crônica e incessante na tentativa de atingir mais em menos tempo, abrigando uma hostilidade dissimulada e constante. Há nesta personalidade uma hostilidade manifesta ou dissimulada, alto grau de aborrecimento, irritação, rancor e impaciência.Mas, quando se fala em risos e risadas não estamos falando da pessoa que conta anedotas, que ri a toa. Às vezes um comportamento assim pode ser uma exigência profissional ou uma conveniência social. O bom humor, na realidade, diz respeito a rir-se das coisas em geral, das incongruências do cotidiano, da comédia da vida diária, das brigas, dos pequenos problemas do dia-a-dia e, até mesmo, dos tempos difíceis que passamos. Fazer “piadinhas” de tudo é muito mais eficiente que assistir um show de humorismo sofisticado, para o qual tenhamos que disputar a vaga do estacionamento aos berros. Trata-se de levar a vida de forma mais leve, mesmo diante de um trabalho mais sério, trata-se de rir mais e com maior freqüência do que de costume.Como novas e alternativas terapias surgem a cada momento, a chamada risoterapia se baseia nas propriedades do riso para melhorar pessoas imunodeprimidas. A risoterapia trata das chamadas emoções negativas, procurando fazer esquecer a dor ou o medo que caracterizam alguns pacientes. De fato, os pensamentos humorísticos fazem maravilhas no organismo, principalmente se levarmos em conta que o riso e a alegria estimulam a produção de endorfinas e regulam os níveis hormonais.Segundo alguns adeptos mais entusiasmados da alegria em doses terapêuticas, aparentemente o riso não melhora apenas as condições do sistema imune. Conforme com o psiquiatra da Universidade de Stanford, William F. Fry (1992), rir cem vezes durante o dia tem os mesmos efeitos cardiovasculares que fazer exercícios de remo durante 10 minutos.A conclusão final é que o Impacto Humoral, a relação entre o bom e o mal humores - competência do senso de humor - sobre a atividade humana, seja qual for o setor da sociedade, é profundo e decisivo para atingirmos níveis ótimos desempenho.
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