Humanização DA SAÚDE...!
(Luiz Carlos Fernandes Navarro)
Há poucos dias foram divulgadas exaustivamente, pela grande mídia nacional, algumas estatísticas quanto as condições sócio-econômicas do povo brasileiro, a que mais me assustou foi a de que, um terço da população sofre de tristeza, depressão, ansiedade, angústia, baixa auto-estima e outros males correlatos. Comecei a refletir sobre estas constatações: Como um país tão jovem e com tantas oportunidades pode apresentar tais estatísticas... O Brasil é hoje um dos países com maior potencial de crescimento econômico do mundo, com várias fronteiras novas se abrindo, necessitando de pessoas com projetos, realizadoras, cheias de sonhos para um futuro próspero... No país são centenas de milhares que formam as fileiras dos sem emprego, sem teto, sem camisa, sem terra, sem etc... Na 5ª maior nação em extensão de terra, e terras das mais produtivas do planeta, deveríamos ser os campeões em felicidade e saúde. O que faz com que as pessoas hoje sofram dez vezes mais com a depressão do que na década de setenta. Alguns alegam que empobrecemos nestes trinta anos, talvez isso seja uma das razões. Porém pesquisas internacionais revelam que, “A riqueza tem uma correlação baixa com o nível de felicidade. Nos Estados Unidos, enquanto a renda aumentou 16% nos últimos trinta anos, o número de indivíduos que se consideram muito felizes caiu de 36% para 29%”. Numa outra pesquisa foram abordadas mais de 1.000 pessoas em quarenta países, para medir o nível de satisfação pessoal com o poder de compra correspondente a cada lugar... . O resultado mais surpreendente foi o Brasil aparecer em décimo lugar, à frente da Itália, num país rico, onde as pessoas têm um poder de compra quase quatro vezes maior. Isso significa que os brasileiros têm particularidades que contrariam a crença de que felicidade está necessariamente associada a mais dinheiro.” (Fonte: Revista Veja, entrevista com Martin Seligman, ex-presidente da Associação Americana de Psicologia, autor do best-seller, Felicidade Autêntica - Editora Objetiva). E porque estou falando sobre felicidade quando o título da crônica menciona a saúde. A resposta é que, acredito e tenho a plena convicção de que felicidade e saúde andam juntas, daí o questionamento – Somos saudáveis porque somos felizes, ou somos felizes porque somos saudáveis... Ambas são condições “sine qua non” para um “Ser Humano Plenificado”. Explicando a expressão, um “Ser Humano Plenificado”, é o homem ou a mulher realizado integralmente – Holisticamente - nas dimensões física, emocional, mental, espiritual e cósmica.Não é novidade para ninguém que as doenças têm suas origens no nível emocional, por isto a denominação “Doenças Psico-ssomáticas”.Partindo desta premissa podemos afirmar, sem medo de errar, que um povo feliz é um povo saudável e que a recíproca também é verdadeira. Entretanto o segredo disto tudo é como encontrarmos o ponto de equilíbrio e harmonia entre todas essas facetas da vida, necessárias para gozarmos desta Plenificação. A palavra chave é justamente - Harmonia – que etimologicamente significa União e Construção – para ser mais claro, é unirmos todas as Dimensões (física, emocional, mental, espiritual e cósmica) dentro de uma grande roda, que alguns chamam de “Roda da Fortuna”, colocando-a num movimento continuo, tal como um dínamo, gerando energia suficiente para a auto Construção de um “Ser Humano Plenificado”, dentro e fora do ser. Arrisco afirmar ainda que, esta é a medicina preventiva, pois pessoas mais felizes adoecem menos e vivem mais, ultrapassando a média da expectativa de vida. Outra afirmação interessante do Doutor Felicidade, Martin Seligman, é que “Os felizes são mais queridos pelos outros e tendem a ser mais tolerantes e criativos”, estas são características e padrão comportamental que estamos buscando nos profissionais que lidam com pessoas, promovendo desta forma a “Humanização da Saúde”.
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