Motivações DA TOXICOMANIA
(Pe. Emilio Jordan/Maria C.V.Santancargelo)
A Toxicomania é um dos problemas mais preocupantes da atualidade. Estudiosos, juristas, autoridades em geral, psicólogos, igreja, educadores, pais, etc, tem procurado tomar medidas para conter o avanço alarmante do uso de drogas pelos jovem, cada vez mais cedo. Quais seriam as motivações para levar um indivíduo ao uso de tóxicos? - São inúmeras. Temos as psicopatológicas, resultantes da insegurança, indecisão ou instabilidade emocional, neurose, angústia, etc, ou seja, causas que tem ligação com a psiquê individual. Por outro lado há as causa acidentais ou ocasionais que derivam do uso frequente de medicamentos com crescente aumento de doses criando a dependência. Segundo o Dr. Oswaldo M. de Andrade que enfatiza a predisposição individual, as frustrações, decepções e a curiosidade é que desencadeariam o processo. Para o Pe. Emilio Jordan, após debater com professores, médicos, advogados, estudantes e viciados, a motivação estaria em: a- fuga dos problemas tanto de ordem material, quanto de ordem moral ou espiritual; b- curiosidade; c- luxo; d- dependência física e psíquica; e- personalidade psicopática. Destaca ainda a falta de ambiente no lar, falta de diálogo com os pais, falta de convívio familiar, más companhias, divertimentos e leituras nocivas, ociosidade, excessiva liberdade, pouca cultura, educação frouxa, excitação mediante a divulgação de produtos comerciais despertando "necessidades" e frustrações.A 'moda' tem sido um dos fatores que tem levado muitos na sociedade a tornarem-se independentes dos pais e fazer parte do 'grupo'. A nível internacional tem-se verificado que a crescente urbanização aliada a desagregação familiar e ao choque de gerações tem propiciado o aumento do uso de drogas, considerando que a comunicação mais rápida gera curiosidade e desejo de imitar, numa espécie de fuga da sua realidade. A facilidade de acesso, além do exagero de prescrição médica de barbitúricos, muitas vezes desnecessários, são fatores agravantes. A ignorância e o meio social-cultural também. A humanidade sempre tem atravessado épocas de crise e épocas críticas que levam a grandes mudanças bruscas e rápidas, transformando crenças, costumes, padrões sociais, educação, organização econômica, etc. A rapidez dessas mudanças impede a perfeita assimilação, elaborando um amadurecimento através de experiências vividas. Tem faltado tempo para as novas gerações que também passam por suas 'crises' de crescimento para que consigam compreender o mundo em que vivme. Um jovem passa por situações penosas de crescimento. Os sintomas são: 1- busca de si mesmo e de sua identidade; 2- tendência grupal - para se auto-afirmar apega-se a expressões da moda(roupas, corte de cabelo, tatuagens,etc); 3- tendência a intelectualizar e fantasiar - pensa em mudar o mundo, novas teorias, religiões, etc.; 4- crise religiosa - tem que fazer uma opção pessoal oscilando entre o misticismo total e o ateísmo absoluto; 5- não tem noção do tempo cronológico - ou é muito cedo (jovem), ou é muito tarde (já é dono de si); 6- evolução sexual manifesta - precisa aprender a controlar os próprios impulsos; 7- contradições sucessivas com alterações de ânimo; 8- liberdade e progressiva independência dos pais. Um jovem vivendo essa ambivalência pode ver no vício da 'moda' a sua oportunidade de fuga para seus problemas e conflitos. Se o ambiente em que vive for salutar, compreensivo e apoiador ele não sentirá tanto a necessidade de fuga e de auto-afirmação. A sociedade mecanizada onde predominam as preocupações materiais e onde o convívio familiar vem sendo minado é uma porta aberta que leva ao uso dos tóxicos, cada dia mais cedo. A marginalidade, o uso dos tóxicos, o tráfico de drogas tem se propagado de forma alarmante; vem de um passado remoto e a cada dia o seu horizonte se amplia apesar de todo os esquemas de repressão.
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