Um estudo sobre cores - Marrom
(vitoriars)
Um estudo sobre cores- Marrom
Existem noventa e cinco tons de marrom entre os conhecidos e utilizados pelos pintores; apesar a variedade, trata-se da cor menos apreciada em pesquisa realizada na Alemanha entre 17% das mulheres e 22% dos homens entrevistados o lembraram nesta classificação, o repúdio aumenta com a idade.
A explicação esta no fato da cor ser considerada antiquada e do passado; tal a força que alguns bancos ingleses não aceitam ternos marrons usados pelos seus executivos nos escritórios. O marrom abre uma discussão quanto a sua formação por ser uma mescla de quase todas as cores, muitos não o caracterizam como cor em si.
A cor marca forte presença no cotidiano, apesar do rechaço é apreciada nos ambientes domiciliares por ser considerada a cor do natural, traz consigo o aconchego aos ambientes artificiais, o tom rústico do marrom tem sua maior apreciação na Alemanha; pelas decorações marrons que atraem os turistas.
O sabor mais forte e amargo foi considerado na pesquisa como de cor marrom, o chocolate escuro (preto) parece, mas gostoso que branco; por conta da avidez aos olhos e paladar a cor também representa calorias mais altas, tal que fabricantes de cerveja desenvolveram bebidas de tons claros para o público feminino e escuros para o masculino em um marketing pensado na percepção das cores por seu cliente.
Na realidade ocorre uma ilusão, pois para a mente a comida escura (marrom) parece ser mais forte e oferecer maior teor de calorias que às claras; por isso a preferência das mulheres por alimentos claros.
Os tons de marrom por ser uma mistura de cores não proporcionam a individualidade de nenhuma das cores básicas, por isso é considerado a cor do simples; está ligado a personificação de mediocridade e do eterno perdedor, configurado na figura do personagem “Charlie Brown”.
Na moda o marrom passa da cor do antierótico para a combinação para tudo, ao contrário do que se possa imaginar não se adapta a tudo sendo considerada uma cor vulgar pelos membros das casas reais e não utilizada em suas recepções.
Mergulhando na história volta-se a Idade Média, onde as cores determinavam status social; se camponês, servo, criado ou mendigo, as vestes eram marrons de tecidos sem tingir feito de pele de cabra, cervo e lebre; já que roupas de cores luminosas que passavam por processo de tingir eram caras e por isso sinônimo de status.
Havia outra opção, poderia ser monge cristão, esses vestiam trajes sem tingir; quando estabeleceram cores para as distintas ordens o marrom era destinado as que faziam votos de pobreza máxima, nesse caso estavam os franciscanos, eleitos os monges pardos; seu fundador, Francisco de Assis, usava hábitos marrons ou cinzas salpicados de manchas, o pardo passava a ser o símbolo da humildade cristã.
Qual a cor do seu amor? Se ele for secreto será castanho ( marrom), as antigas canções alemãs descreviam a mulher morena; nesse caso as camponesas queimadas pelo trabalho ao sol, isto porque damas de boa condição protegiam-se com sombrinhas e panos para ter a pele branca mas importante eram as mãos que não podiam ter marcas de trabalho e ser brancas.Enfim, se você era morena de sol era pobre.
No simbolismo antigo, a cor morena (marrom) é feminina, era a cor da terra e fecundidade; tal que em línguas antigas a parte sexual feminina era denominada “A morena” como também nos Estados Unidos a gíria Miss Brown usada para essa denominação.
Na poesia trovadoresca, cor castanha ganha simbolismo de relação sexual; tratado como o amor secreto entre classes sociais diferentes, nessa época as morenas eram vistas como mulheres de amor fácil porque não podiam contrair matrimônio, pois era necessário apresentar permissão e para tal precisava a comprovação de patrimônio, esclareça que o casamento era inexistente, mas filhos poderiam acontecer.
Qual foi a cor da pedra da jóia que seu namorado lhe presenteou/ você deu a sua namorada? Se castanho avermelhado ou âmbar, tenho duas notícias: ele considera o amor de vocês secreto e é de situação financeira desfavorecida; porque as morenas não podiam esperar regalos caros de seus amantes sendo pobres deviam se contentar com que recebiam.
Na época do rococó houve uma predileção pelos tons pastéis, chegando o castanho a estar na moda. Entra em cena, Luís XVI (1754-1793) demonstrava predileção pelo que chamava “cores de pulga”; dizia-se que aquele apresentado de castanho lograva êxito frente ao rei. Goethe era um defensor das chamadas cores sujas ( tons de marrons) e cores mortas ( tons marrons escurecidos com negro); segundo ele eram de fácil combinação e apresentavam uma grande variação de matizes.
O nacionalsocialismo alemão adotou como cor o pardo, trazendo uma aproximação com povo alemão, na época estavam na moda às cores marrons, todos possuíam nas vestes diárias camisas pardas e poderiam representar o partido pela vestimenta onde fossem. A cor simbolizava os ideais do partido: brutalidade, conservadorismo e virilidade.
Por fim, o marrom da pátina, quadros antigos têm tom pardo e ocorre a impressão que assim foram pintados, porém o que da este tom é o verniz passado após a pintura que se amarelou e sujou com tempo.
Retirando o verniz encontramos as verdadeiras cores, foi que aconteceu em 1956 com o Rembrandt, Ronda da noite, após limpeza descobriu tratar-se de um passeio diurno e não noturno como pensava, assim os especialistas o chamam O desfile do capitão Coq.
Hasta La vista
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