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Joan Miró
(João Cabral de Melo Neto)

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O capítulo Joan Miró, inscrito na Prosa de João Cabral de Melo Neto aborda desde As pinturas pré-Renascentistas, de onde traz as pinturas nas paredes das cavernas até o Renascimento que criou a arte que hoje chamamos de pintura.
A criação da pintura pelo Renascimento se deu pela associação de dois tipos de arte, de funções, a representação utilitária, que tem sido o quadro, mais agil que a escultura, que desenvolvida em Terceira dimensão, traria o aparente desenvolvimento da superfície, mas que para Cabral em pintura anula a existência do dinâmico, fixando o espectador num ponto ideal o que exigiria uma espécie de estatismo, o que vai significar o abandono do ritmo pelo equilíbrio, este seria subjacente a todas as leis que constituem o bem-compor renascentista.
O estatismo imposto pela presença e pelos interesses da terceira dimensão, define a pintura renascentista como o que hoje chamamos Pintura, para contribuir com a idéia de beleza associada a idéia de serenidade e impassibilidade.
Baudelaire, um dos autores que mais subverteu o conceito de beleza o charmaria rêve de pierre. Miró parace fazer obedecer ao seu desejo obscuro de fazer voltar à superfície seu antigo papel: o de ser receptáculo do dinâmico. E sua originalidade vai consistir de abolir de sua pintura a terceira dimensão e talvez ele tenha sido o primeiro a compreender que o tratamento da superfície como superfície libertava o pintor de todo um conceito de composição e os primeiros passos contra a composição renascista se dão com os quadros de 1924 quando começou a pintar figuras simplificadas, cifras da realidade, abandonando também a exigência do centro do quadro, onde equilibra á construção de cada um dos quadros inscritos num quadro, desintegrando a unidade, mas em sua natureza a composição estática continua inalterável.
O primeiro ataque contra o estatismo vai contra a relação entre o objeto e a moldura, onde vai diluindo até a beira da superfície pintada. Miró parece haver conseguido essa libertação da moldura a partir de 1939. Ele não abordava as leis da composição tradicional para combatê-las, ele partia de uma atitude psicológica e sua constante dinâmica se expressa pelo desejo de obter, com sua linha, melodias livres das limitadas pelo Renascimento.
A partir de 1940 a característica é a do poder da linha, uma mancha de cor, uma superfície dentro de outra que pertencem ao estático. Uma linha pertence a categoria do dinâmico, é um elemento dissociador e exige um movimento do espectador. Miró tenta reencontrar a função da linha, entregando-se a criação de novas melodias.
Para João cabral, Miró não pinta quadros, Miró pinta e uma estrela ou uma lua podem pertencer ao domínio do idiomático ou do caligráfico. Ele pinta visões ou registra, plasticamente, estados psicológicos e nada existe exterior à sua atividade.
Para João Cabral, a criação na obra de Miró equivale a invenção e não a descoberta.



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