Ambiguidades FRIAS
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Gelo, geléia sólida.
Geralmente solitária.
Nos pólos, extrapolando poder.
Podendo dar vida ou destruir.
Força pacífica.
Mar martelando marés.
Do Índico ao Pacífico.
Pacificando vidas.
Derribando chalés.
Seres de xales.
Tomando chás.
Oxalá, voltem das neves.
Deslizando em seus esquis.
Voando como esquilos,
Esquálidos.
Sobem e descem.
Aparecem e desaparecem.
Frios, como calorosas quermesses.
Tristes ou alegres,
Incandescentes e gélidos.
Assim é o homem,
Sem saber o que merece.
À procura de liberdade,
Se soltam em saltos,
Sobre o anil alvo.
Nem salvo do alvo,
Do novo alvorecer, alvejado.
POEMA
Quantas vezes não se ouviu
Estas cinco letras,
São tantas rimas,
Tantas cismas.
Alguém riu!
Porém o poeta
É infinito.
Quanto às rimas,
Cantares e louvores,
Como os de Davi e Salomão,
Com tantos sins e nãos.
Santos e infratores.
Lobos com vestes alvas.
Cordeiros calmos.
Feitio de salmos.
Paredes caiadas.
Inocentes presenças,
Interiores... entulhos.
Eis as sentenças,
É horrível pensar ser,
Sabendo que não é!
Sepulcro caiado
Branco e belo!
Como aquele que é
Possuidor de um intestino.
Belo destino!
CHORO DA ALEGRIA
É hora do choro.
É hora da alegria.
Em coro, cantoria...
Poesia sem desdouro.
Riqueza, que ouro!
Ora, ora, beleza.
Estouro, fascínio.
Hora para coisas.
Nem tanto ouro,
Nem tanto choro.
Prazer,
Equilíbrio.
Eis a chave
Da nave
Condutora
Sedutora
Amor!
PÁTRIA
Almejada pátria.
Nem patriota eu sou!
Onde estiver sou cidadão!
Viandante universal.
Mesmo estando parado,
Estarei em movimentos eternos!
Queira, ou não,
Sempre assim será.
Morreu seu gato!
Que pena!
Um dia morrerá
Você também.
Portanto, está empatado,
Todos seguiremos o mesmo caminho!
Esteja sempre em alegria.
Ética sim!
Métrica... por quê?
Cisma não!
Rima, por quê?
VER
Estarás a ver,
Verás mais,
Pensarás não enxergar,
Porém, verás sim!
É questão de entrega.
Se, te entregares,
Sentirás vigor.
Se, não te entregares,
Estarás entregue,
Ao intelecto?
Às dúvidas?
A ti mesmo?
Deverás entender,
Não te entediares,
Não demores,
Vândalos
Encontrarás,
Contenderás,
Concentrarás,
Conterás,
Pensamentos,
Alentos,
Alentos.
POEMA AO POETA
Desprezível poeta fui, escrevi, escrevi, mas, nunca fui ouvido!
O amor queimava o meu ser, porém, esta chama nunca era sentida, a não ser, no meu sofrer.
Poeta?
Sim!
Masoquista... muito mais!
Continuo a querer escrever poesias, meus leitores, talvez, vissem nelas muitas imbecilidades, coisas sem utilidades, ou futilidades.
Porém, longe disso tudo, elas são ótimos alimentos d`alma!
Com certeza, elas fluíam nas horas de maior pureza em que me encontrava.
Mas, meus leitores eram daqueles que não gostavam de ler. Que pena!
Ofereci orgias aos abstêmios!
Elas, as poesias, estão no sentimento etérico, em qualquer lugar, sendo declamadas por bocas inocentes.
Nada mais me importa, escrevo agora, mais poesias ainda, mesmo que sejam só para mim!
O poente
O poeta,
Apoquenta,
Por falta de:
Olhos e ouvidos,
Muito mais,
Sentimentos!
Parado de pensar.
Pensar é pensar!
Coisa banal.
Principalmente,
Quando se pensa
Em rima.
Rima não rima com remo,
O poema é um barco que necessita
de remo, embora, desprezemos a rima.
Estética.
Métrica.
Que coisa tacanha.
Antiga.
Esquálida.
Para quem é da lida!
Estou sendo injusto...
Rima e métrica,
Tempero da palavra.
Que se dane o modernismo e,
Também, todos ismos...
O poeta tudo pode,
Até se fazer de bode,
Porém, dentro da ética!
poeta menor.
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