Oração DAS HORAS
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Que horas são?
São horas de orações.
A prece é forte,
Como o cipreste.
Enfraquece a peste
Tempestuosamente,
Sorridente,
Faz feliz muita gente.
Clemente ela é,
E, pode ser ardente.
Formas de preces,
Deitadas ou em pé.
Nós, carentes e pedintes,
Receberemos pela fé.
Podendo ser cega,
Ou consciente.
Caro amigo,
Ore comigo.
Esteja ciente,
Assim que ela é.
Que orações?
São horas de orações!
São orações das horas,
Sem punições.
Seja insistente!
FRASE
Assim é a frase,
Rica e pobre.
É base,
É nobre.
É bíblica,
É sábia.
PRÉ-JUÍZO
O prejuízo,
Está no pré-juízo
Do seu juízo
Juízo, é o que precisa,
Seja preciso!
É precioso o juízo.
Esforce para ter juízo.
Deixe de ser ocioso,
Não seja sentencioso.
Nem tampouco pretensioso.
Apenas, frases...
A frase é útil à poesia.
No seu útero gesta alegria.
Do seu peito brota melancolia.
Nela está contida a porfia.
Pode ser singela em rimas,
Como nos versos acima.
Produtora da dor.
Parturiente do amor.
Frase de sossego.
Luz para cego.
Santa imaculada.
Maldosa nas contendas.
A espera de quem a entenda.
Frívola, acanhada,
Justa e aprumada.
Sutil,
Pueril
Útil...
É doce como a estévia e o mel.
É amarga como o fel.
Frase conselheira.
Na boca companheira,
A última, a primeira,
Assim é a frase,
Sem rima, ou com métrica.
Temperada ou
Insípida.
Com ela se fez o mundo,
Bom e imundo.
Céus e infernos.
Finitos e
Eternos.
E, também... você!
Grande leitor
Poeta,
Mesmo que...
Não queira!
Embora sem rima
Embora sem métrica
Agora vamos embora,
Juntos vamos, poeta.
MARMELEIRO
Fustiga, no açoite.
Em seu caule,
Muitas utilidades.
Bate nos de pouca idade,
Também, faz caridade.
Marmelo marmeleiro,
O seu sabor, doce cheiro.
É quase educado na educação.
Foi-se o tempo, não para o açoite.
Chegou o clarão do dia,
Foi-se a noite.
Agora, têm armas frias,
"Que melhoria,
Que evolução!"
Jovens de armas em punho,
Homens com armas nas mãos.
Nem isto é preciso,
Basta estarem vivos,
Só apertarem botões!
Que saudades!
Onde está, oh!.. marmeleiro?
Relegado pelo dinheiro.
Que maldade.
Choram as crianças pela sua falta,
O marmelo, o seu chinelo.
É santo, perto dos corretivos atuais.
Celibatários e pais estão na mesma panela,
Para serem fritos iguais!
Instrumento de
Ensinamentos,
Ancestrais...
Computadores,
Defensores
De teses
Atuais...
Marmelo marmeleiro,
Quanta saudade,
Foi-se a idade...
Hoje... maldade
Nos campos e
Nas cidades!
Que bela idade...
Ficou para trás!
Sua vida é como a minha,
Nuanças doces e amargas.
Contra o mal, empunho minha espada,
Haverá de cair prostrado,
Neste caminho pedregoso,
Enquanto, serei um santo criminoso!
Nostalgia,
Marmeleiro,
Alegria...
Companheiro!
MUSICISTA
No violino eu afino.
Até ao som do vento.
Em qualquer evento,
Afino por fora e por dentro.
Som etérico,
Grande arte.
É a própria tangência.
Cósmica inteligência!
Benévola energia.
Saúde, alegria.
Som etérico.
Estandarte.
POETA
Como músico escrevo estes versos, procurando a sonoridade de um poeta, que canta com suas palavras de encantos.
Difícil é ampliar esses sons em palavras.
Torno-me poeta, por apreciar tanto a musicalidade vibracional dos versos, porém, como sonoro que sou, vejo-me na obrigação de versejar sobre o bom som.
Existem muitos sons melódicos, mas, refiro-me aos calmantes que relaxam, fazendo-me pensar em poesias.
Na integralidade musical, peço a palavra para escrever, pois, todo o músico tende a ser poeta.
Poeta, você é músico por excelência, como o pintor que toca com o seu pincel, dando vida à natureza morta.
Seu pincel tange na plangência sonora e cromática e na etérea simetria matemática, com maestria e performance de mestre, semelhante ao bisturi do cientista.
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