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Uma Conversa, o Que É, Para Que É Que Serve?
(Gilles Deleuze; Claire Parnet)

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O primeiro capítulo da obra Diálogos, de Gilles Deleuze e Claire Parnet, intitulado Uma Conversa, o Que É, Para Que É Que Serve?, foi traduzida para português por José Gabriel Cunha e está dividido em duas partes.
Na primeira parte os autores se questionam sobre a dificuldade de explicar a si mesmos porque as questões são fabricadas como qualquer outra coisa, e quando as questões são fabricadas pelos outros quase nada temos a dizer.
A arte de construir um problema é importante, porque se inventa um antes de se encontrar a solução, o que não ocorre numa entrevista, conversa ou discursão, porque a reflexão a sós ou em grupo, não basta o que piora com as objeções que segundo o texto nunca foram fecundas. O movimento das questões faz-se nas costas do pensador, quando ele pestaneja.
As questões estão numa relação de tensões com um futuro, pensa-se em termos de história pessoal ou universal, os devires são geografia, orientações, direcções, entradas e saídas. Há vários tipos de devires que nunca é imitar, nem fazer como, nem uma sujeição a um modelo, de justiça ou de verdade, não há um termo de que se parte, que se chegue ou deva chegar. Os devires não são fenómenos de imitação, nem de assimilação, mas de dupla captura, de evolução não-parelela, de núpcias entre dois reinos. Uma conversa poderia ser o traçado de um devir – estes são imperceptíveis, atos contidos numa vida, expressos num estilo.
O estilo é a propriedade daqueles de quem habitualmente se não tem estilo, é um agenciamento de enunciação, é gaguejar na própria língua, como Kafka, Beckett, Gherasim Luca, Gordad.
Em seguida tratam da escrita enquanto finalidade exclusiva da vida. Como o efeito Compton ou o efeito Kelvin, os devires são a dupla captura, a vespa E a orquídea.
Comentando o poema de Bob Dylan Écrits et dessins, os autores afirmam que gostariam de fazer um curso sem métodos ou receitas, seguindo o poema de Dylan.
Ao tratar de idéias, afirma não ser preciso descobrir se são justas ou verdadeiras, e vai narrando contato com escritores  diversos como Lawrence e o devir animal, Foucalt, François Ewald, Guattari. Partindo para a vivência com os professores Alquié e Hyppolite numa espécie de narrativa biográfica e nesse período de formação na Sorbone, coloca Sarte como o seu exterior, como corrente de ar revitalizante.
A partir daí pensa o papel de Heidegger na história da filosofia e afirma que esta foi o agente de poder, desempenhando o papel de repressora e fabricando especialistas do pensamento que impede as pessoas de pensar.
A relação da fiosofia com o Estado é que inventa um Estado propriamente espiritual, como que um Estado absoluto, que não é um sonho, uma vez que funciona no espírito. Daí surgem a importância de muitas noções como: universalidade, método, questão, resposta, juízo, reconhecimento e ideais. A filosofia é atravessada pelo projeto de devir a língua oficial de um Estado puro. Outras disciplinas que não a filosofia e sua história podem desempenhar o papel de repressoras do pensamento, porque pode-se dizer que a história da filosofia foi a falência e o Estado não precisa de sanções pela filosofia. Concorrentes já tomaram seu lugar, a epistemologia a substituiu, o marxismo esgrime um juízo da história, a psicanálise ocupa-se da função do pensamento, casando-se com a linguística. Marx, Freud e Saussure são as três cabeças repressoras. O marcador sintáxico de Chomsky é um marcador de poder.
Adiante, afirma iniciou pela filosofia. Não suportava Descartes e o Cogito, nem Hegel, as tríades e o trabalho negativo. Gostava de Lucrécio, Espinosa, Hume, Nietzsche e Bergson. Locke e Berkeley têm o seu lugar, mas Hume desloca o empirismo a uma potência nova, prosseguidas por Russel e Whitehead, Bergson foi apanhado pela história da filosofia, Espinosa tem lugar importante na continuação do cartesianismo.
É o encontro com Félix Guatarri que muda as coisas, não era filósofo de formação, mas era um caleidoscópio que produz de cada vez uma nova combinação. Trabalhando juntos buscam a desterritorialização de termos para re-territorializar. Criam o método pick-up ou duplo-roubo, que se faz entre ideias.  E juntos exercitam o método.



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