Resumo de A BÍBLIA BÉLICA -

A Bíblia Bélica

Há pessoas que se dizem religiosas, mas quando ofendidas por alguém, logo lançam mão de uma passagem bíblica que possa atingir o ofensor de modo depreciativo.

Esquecem, porém, que não há nada no livro sagrado que, em sua essência, possa ser usado para entristecer, denegrir, ofender ou desesperançar qualquer criatura do Criador.

Se houver, certamente, é fruto da interpretação maldosa e incoerente daqueles que ainda trazem dentro de si as imperfeições nascidas do mal de que ainda não conseguiram se despojar, mesmo tendo diante dos olhos, nas páginas consoladoras do livro luminoso, os recursos esclarecedores do mundo Maior, a clarear e libertar as consciências cativas nos preconceitos, idéias mundanas, modelos e regras sociais impostos como verdades divinas de certo grupos de pessoas que intentam dominar pensamentos e conduzir,
conforme seus interesses, pessoas de fé vacilante.

Essa atitude revela a pequenez moral em que a criatura ainda se encontra, que a impede de reconhecer, nas linhas sagradas, a sua característica reformuladora dos vícios mentais, estimuladora para os desanimados, esclarecedora para os que têm dúvidas, consoladora para os que sofrem...

Não se dão conta, também, que Deus, em sua infinita justiça e bondade, jamais esquece de seus filhos negros, brancos, amarelos, mulatos, católicos, judeus, espíritas, evangélicos... porque Ele sabe que essas disputas por “bandeiras religiosas” são inerentes ao estado psicológico infantil de Suas “crianças em Cristo” como nos afirma Paulo, em Corintios:

“Sois ainda crianças em Cristo, por isso não posso vos dar coisas sólidas, somente leite...”

Já que todos nós somos rebanhos de um só pastor, todos moramos na mesma casa planetária, todos somos herdeiros naturais das bênçãos do mesmo e único Criador.

Ainda em Paulo de Tarso, em Coríntios, Pedro, Tiago e outros:

“Deus não faz acepção de pessoas”, ou ainda, “Deus entende os tempos de ignorância”.

Quem poderá duvidar que aquele que nos ofende não seria a própria Providência, articulando os meios de testar nosso grau evolutivo, nosso nível de compreensão, fraternidade, amor, paciência para com o próximo, e que a lição, que retiraríamos da bíblia para atingi-lo, não seria mais apropriada para nós mesmos?

De onde vem a coerência em transformar as palavras amorosas do Pai da Luzes, que levantam os caídos, que iluminam os que caminham na escuridão, que acende a chama da esperança em nossos corações, em lanças mortais contra nossos irmãos?

Por acaso é esta a mensagem que traz o livro santo aos homens?

A gravidade do mal não está relacionada a quem a dirigimos, mas pelo simples fato de a emitirmos, seja para quem for: Seres Humanos e Animais.

O mal que desejamos aos outros é o mal que trazemos no coração. Sendo assim, sigamos o Mestre não nas aparências, mas na sua essência, quando disse:

“Antes de procurares o cisco nos olhos dos outros, repare, se não há uma trave nos próprios olhos que esteja te impedindo de ver claramente”.

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